Artes/cultura
04/06/2013 às 11:33•2 min de leitura
A agência espacial norte americana divulgou recentemente o relatório da missão Grail, que durou nove meses em pesquisa lunar. Os cientistas desvendaram os mistérios sobre a força gravitacional do satélite natural da Terra. Ela teria se formado a partir do impacto de asteroides e cometas em sua superfície.
A NASA acredita que a compreensão do fenômeno faz com que seja possível aumentar a precisão da navegação de satélites que acabam sendo afetados pelas variações gravitacionais. Os pesquisadores também ressaltam que conhecer a estrutura da Lua é essencial para entender as mudanças desde a sua formação, há cerca de 4,5 bilhões de anos.
A descoberta se mostra relevante em pesquisas sobre a geologia terrestre. Cientistas acreditam que a Lua surgiu após a colisão de um objeto gigantesco com a Terra, que fez com que pedaços de material expelidos do planeta tenham formado o satélite.
Com isso, entender sobre as concentrações de massa na Lua poderia ajudar cientistas a entenderem melhor a formação de placas tectônicas, por exemplo, já que a Terra teria sofrido impactos semelhantes em sua história.
Fonte da imagem: Divulgação/Nasa
Desde a década de 60, os cientistas sabem que a Lua conta com cerca de um sexto da gravidade existente na Terra e que, no entanto, ela é diferente da gravidade do nosso planeta. Por lá essa força não é distribuída de forma igual, ou seja, a gravidade na Lua pode variar de uma região para outra.
Tudo o que se sabia até agora é que existiam áreas com maior concentração de massa, o que mudava a força gravitacional. O único problema é que, até então, não se sabia o motivo da existência dessas áreas e nem mesmo era possível identificá-las.
O Laboratório de Interior e Recuperação de Gravidade (Grail) estudou a estrutura do astro por nove meses e chegou à conclusão de que o impacto de asteroides e cometas foram essenciais para as atuais variações na gravidade.
O Grail contou com duas sondas gêmeas que permaneceram em órbita lunar estudando a superfície com equipamentos criados com foco na análise de forças gravitacionais. Com o mapeamento das concentrações de massa, foi possível perceber a localização exata das áreas mais densas, algo que equipamentos tradicionais não conseguiam encontrar.