![a-maior-caverna-do-mundo-em-imagens-surpreendentes-thumb.png](https://mega.ibxk.com.br/2025/01/17/17123547026355.png?ims=288x164)
Ciência
27/04/2016 às 12:06•2 min de leitura
O nosso planeta, como você sabe, é constantemente bombardeado por partículas e pequenos objetos espaciais oriundos dos mais diversos pontos do cosmos. O que os astrônomos não sabiam é que a Terra está sendo atingida — neste momento — por fragmentos radioativos arremessados durante explosões estelares (ou supernovas) que ocorreram milhões de anos atrás.
De acordo com Bec Crew, do portal Science Alert, a descoberta aconteceu em duas etapas: no início de abril, cientistas australianos notaram a presença de um raro tipo de metal radioativo chamado Ferro-60 no fundo do oceano em vários pontos do planeta.
Como esse material possui uma meia-vida de 2,6 milhões de anos e somente é produzido durante grandes explosões espaciais, os astrônomos estimaram quando e como ele chegou até a Terra. Segundo calcularam, o ferro-60 foi arremessado após a explosão de duas estrelas — uma há 6,5-8,7 milhões de anos, e a outra há 3,2-1,7 milhões de anos, respectivamente. Agora, vem a segunda etapa da descoberta.
Segundo Bec, depois de os astrônomos australianos anunciarem a descoberta, novos dados obtidos a partir de observações conduzidas pelo satélite espacial ACE — Advanced Composition Explorer —, da NASA, apontaram que, ao que tudo indica, a primeira estrela explodiu relativamente próximo à Terra, lançando fragmentos para todos os lados, inclusive na nossa direção.
Boom!
Depois, a segunda explosão aconteceu, acelerando os fragmentos até próximo à velocidade da luz — e, desde então, o material radioativo continua “chovendo” aqui no nosso planeta. Os pesquisadores chegaram a essa conclusão após perceber que o ACE vem detectando a presença de ferro-60 no espaço há nada menos do que 17 anos, o que significa que novos fragmentos continuam chegando à nossa vizinhança até hoje.
Além disso, em um primeiro momento, os astrônomos australianos deduziram que o ferro-60 que eles haviam encontrado provavelmente era da época em que as explosões aconteceram. Contudo, as informações obtidas a partir do ACE apoiam a teoria de que o material radioativo pode não ter caído por aqui há milhões de anos, e sim muito mais recentemente. Mas, onde, afinal, ocorreram essas explosões?
Os pesquisadores suspeitam que as supernovas ocorreram em um aglomerado de estrelas conhecido como Associação Estelar de Scorpius-Centaurus, que fica a cerca de 400 anos-luz de distância de nós. No entanto, embora o material radioativo gerado durante as explosões continue atingindo o nosso planeta, os astrônomos disseram que os terráqueos não precisam esquentar muito a cabeça com isso.
E morreu...
Segundo explicaram, o satélite espacial ACE vem detectando cerca de um único núcleo de ferro-60 por ano, o que significa que não corremos o risco de sermos atingidos por um enorme fragmento radioativo de estrela. Por outro lado, também não precisa desprezar o material só porque ele é pequenininho!
O ferro-60 só passaria a ser um problema caso o constante bombardeamento começasse a afetar o clima do nosso planeta. De qualquer forma, não é incrível a quantidade de coisas que os astrônomos conseguiram descobrir apenas com analisar esses minúsculos núcleos?
Você sabia que a Terra está sendo bombardeada por material radioativo? Comente no Fórum do Mega Curioso