A maior caverna do mundo em imagens surpreendentes

17/01/2025 às 18:003 min de leituraAtualizado em 17/01/2025 às 18:00

Escondida no coração do Vietnã, a Hang Son Doong não é apenas a maior caverna do mundo, mas um universo subterrâneo que desafia nossa imaginação. Descoberta por acaso em 1990 por Ho Khanh, um morador local, e oficialmente explorada em 2009, Son Doong não é fácil de encontrar — nem de esquecer. 

Cercada por selvas densas no Parque Nacional Phong Nha-Ke Bang, a caverna parece algo saído de um filme de ficção científica: seu interior abriga florestas, rios, estalagmites colossais e passagens tão vastas que poderiam acomodar um Boeing 747 voando através delas.

Esculpida pela natureza

Formada há cerca de dois a três milhões de anos, a caverna se originou quando rios subterrâneos começaram a esculpir um túnel gigantesco através do calcário. Essa composição única permitiu que Son Doong desenvolvesse claraboias naturais — sumidouros gigantes que deixam a luz do sol penetrar e, com isso, criam um ecossistema único e autossuficiente. 

Abertura gigante
A caverna é um uma verdadeira obra de arte da natureza. (Fonte: Oxalis/ Divulgação)

Mas as florestas são apenas o começo. Algumas imagens de Son Doong revelam formações impressionantes, como estalagmites que se elevam a 80 metros de altura, parecendo pilares que sustentam o teto da caverna. Uma das mais famosas, a "Mão do Cachorro", é uma bela estalagmite com cerca de 60 metros de altura. 

Homem em cima da
Homem em cima da estalagmite "Mão de Cachorro". (Fonte: Oxalis/ Divulgação)

Em outros cantos, pérolas de caverna, formadas ao longo de milênios por gotas de água carregadas de carbonato de cálcio, decoram o chão como se fossem joias de um tesouro escondido.

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As "pérolas" da caverna. (Fonte: Oxalis/ Divulgação)

O rio subterrâneo que corre pela caverna é outra maravilha. Ele se origina em sistemas cavernosos vizinhos e serpenteia pela Hang Son Doong, criando pequenas cachoeiras e, em certas épocas do ano, enchendo lagos verde-jade que refletem as claraboias naturais. 

Os belos rios que se formam na caverna.
Belos rios que se formam na caverna. (Fonte: Oxalis/ Divulgação)

É nesses lagos que os visitantes podem flutuar sob a luz filtrada, cercados pelo silêncio impressionante do mundo subterrâneo.

Pontos famosos

Os sumidouros, conhecidos como Doline 1 e Doline 2, são dois dos pontos mais fotografados da caverna. Quando o sol alcança a Doline 1, os feixes de luz criam uma atmosfera surreal, iluminando a névoa do rio e as formações ao redor. 

O brilho magnífico de uma das entradas.
O brilho magnífico de uma das entradas. (Fonte: Oxalis/ Divulgação)

Já a Doline 2, apelidada de "Jardim de Edam" (uma brincadeira com outra caverna que recebeu o nome de "Jardim do Éden"), abriga uma floresta tropical em plena caverna, onde samambaias, begônias e até árvores altas florescem como se o mundo acima nem existisse.

O Jardim de Edam em todo o seu esplendor.
O Jardim de Edam em todo o seu esplendor. (Fonte: Oxalis/ Divulgação)

E se isso não bastasse, a Grande Muralha do Vietnã, uma parede de calcita de 90 metros de altura, representa o limite final da exploração inicial da caverna. Foi apenas na segunda expedição que os exploradores conseguiram superá-la, revelando novas passagens e confirmando o status de Son Doong como a maior caverna já registrada.

A Grande Muralha do Vietnã.
A Grande Muralha do Vietnã. (Fonte: Oxalis/ Divulgação)

Ao longo dos anos, novas descobertas continuaram a expandir os limites do que sabemos sobre Son Doong. Em 2019, uma expedição revelou um túnel subaquático que conecta a caverna a outra, chamada Hang Thung, aumentando ainda mais seu já impressionante volume.

Visitar a Hang Son Doong não é uma tarefa simples — apenas um número limitado de pessoas é autorizado a explorar seu interior a cada ano, e a caminhada até sua entrada é desafiadora. Mas aqueles que se aventuram retornam com histórias de um mundo que parece suspenso no tempo, onde cada passo revela um novo detalhe deste universo subterrâneo.

Seja pelas florestas escondidas, as passagens que poderiam engolir arranha-céus inteiros ou os rios que somem no horizonte, Hang Son Doong continua a nos lembrar que, mesmo em um mundo tão explorado, ainda há mistérios que nos deixam sem palavras.

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