Ciência
09/01/2025 às 16:03•2 min de leituraAtualizado em 09/01/2025 às 16:03
Os mapas sempre foram muito mais do que simples guias para encontrar caminhos. Eles refletem o que as pessoas de uma época acreditavam, sabiam ou até imaginavam sobre o mundo.
Desde as primeiras representações gravadas em tábuas de argila até os aplicativos de localização nos nossos celulares, cada avanço na cartografia conta uma parte da nossa história. Vamos conhecer seis mapas que mudaram a forma como vemos o planeta.
Imagine um pequeno pedaço de argila onde alguém tentou representar todo o mundo conhecido. É exatamente isso que temos no Mapa Babilônico do Mundo, criado no século 6 a.C.
Nele, a Babilônia ocupa o centro de tudo, com círculos que indicam terras conhecidas e misteriosas ao redor. Além de ser um mapa, essa peça é como um portal para entender como os babilônios viam o universo, cheio de mitos, crenças e curiosidade pelo desconhecido.
No século 2 d.C., Ptolomeu criou algo que parecia mágico para sua época: um sistema de coordenadas para localizar lugares. Seu atlas trazia mapas baseados em latitude e longitude e reunia cerca de 8 mil locais conhecidos.
É claro, ele cometeu alguns erros — como imaginar o Oceano Índico como um mar fechado —, mas sua obra foi um divisor de águas. Redescoberta séculos depois, Geographia influenciou profundamente a cartografia durante o Renascimento.
Criado por al-Idrisi em 1154, esse mapa era tão preciso que foi usado por séculos. Al-Idrisi teve a genialidade de reunir informações de viajantes de diferentes culturas. E, ao contrário do que estamos acostumados, posicionou o norte na parte inferior e o sul no topo, destacando Meca como o centro espiritual.
Essa abordagem inovadora nos lembra que os mapas também refletem valores e perspectivas culturais.
Mais do que um mapa, o Hereford Mappa Mundi é uma obra de arte. Feito por volta de 1300, ele não tinha como objetivo ajudar as pessoas a se orientarem, mas sim mostrar a visão cristã do mundo.
Jerusalém ocupa o centro, enquanto o Jardim do Éden está no topo. Criaturas míticas e histórias bíblicas se misturam com cidades reais, criando um documento fascinante sobre a mentalidade da Europa medieval.
Em 1507, o cartógrafo Martin Waldseemüller fez história ao batizar o "Novo Mundo" como América, em homenagem a Américo Vespúcio.
Esse mapa foi o primeiro a representar as Américas como continentes distintos da Ásia, mudando para sempre a visão do mundo ocidental. Hoje, a única cópia sobrevivente é um tesouro guardado na Biblioteca do Congresso dos EUA.
Em 2005, o Google Maps chegou para mudar tudo. De repente, passamos a ter o mundo inteiro na palma da mão, com imagens de satélite, rotas em tempo real e até a possibilidade de "caminhar" pelas ruas sem sair de casa.
Mais do que um mapa, é uma revolução na forma como interagimos com o espaço ao nosso redor.