Ciência
13/12/2017 às 06:32•2 min de leitura
Atualmente, os maiores pinguins que existem no mundo são os pinguins-imperadores (Aptenodytes forsteri), que podem chegar a medir até 1,2 metro de altura e pesar entre 20 e 35 quilos quando adultos, mais ou menos. Entretanto, um time de paleontólogos descobriu fósseis de uma espécie extinta dessas aves que revelaram que, há milhões de anos, elas tinham perto de 1,8 metro de altura e pesavam por volta de 100 quilos — o que significa que elas podiam ser tão corpulentas quanto um humano.
Os ossos foram encontrados na Nova Zelândia e os cientistas acreditam que os “pinguinzillas” viveram por lá entre 55 e 60 milhões de anos atrás, durante o Paleoceno. A espécie foi batizada como Kumimanu biceae, nome inspirado em palavras do maori que significam “grande monstro mitológico” e “ave” — o que nós aqui do Mega achamos bem apropriado! Já pensou cruzar com um pinguinzão desses por aí?
Pinguinzilla (Phys Org/Gerald Mayr)
Os paleontólogos explicaram que, apesar de outros exemplares de pinguim gigante já terem sido descobertos no mundo — um exemplo seria os da espécie Palaeeudyptes klekowskii, que viveram há 37 milhões e sobre os quais já falamos por aqui —, os indivíduos descritos agora são os gigantes mais antigos já encontrados.
Fósseis descobertos na Nova Zelândia (Nature)
Além disso, outra peculiaridade é que os fósseis descobertos são quase tão antigos quanto os primeiros exemplares de pinguim de que se tem notícia, mas muito maiores do que seus “parentes” velhinhos. Isso sugere que, por alguma razão, essa espécie identificada agora “cresceu” bastante depressa após a extinção em massa que ocorreu há cerca de 65 milhões de anos — e que acabou com o reinado dos dinossauros aqui na Terra.
De acordo com os cientistas, as análises sugerem que esse devastador evento fez com que os K. biceae evoluíssem separadamente das demais espécies e que corpulência provavelmente está relacionada com o desaparecimento dos dinossauros que se alimentavam de animais teriam que competir menos por presas e encontrariam uma maior disponibilidade de comida.
Mais ossinhos (Narure)
Contudo, os paleontólogos ainda precisam entender quais fatores levaram os pinguins gigantões do passado a “encolher” até as dimensões que eles têm hoje e esperam que o estudo desses fósseis possa ajudar a responder esse mistério.