Estilo de vida
31/07/2019 às 09:30•2 min de leitura
A Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA) lançou, no dia 11 de julho, um vídeo que mostra a sonda Hayabusa2 completando sua segunda operação com sucesso em um movimento conhecido como touchdown. A Hayabusa2 foi lançada em 2014 para coletar amostras do Ryugu, um asteroide que orbita o sol entre a Terra e Marte e tem um diâmetro de pouco mais de meio quilômetro. Esta rocha espacial foi descoberta em 1999 e não recebeu nenhum nome até 2015.
This is a 10x speed animation captured with the small monitor camera (CAM-H) during 2nd touchdown. CAM-H was installed by public donation — thank you everyone! Image time: 2019/7/11 10:03:54 ~ 10:11:44 JST, at altitudes 8.5m ~ 150m. (?? JAXA) https://t.co/ZrzegHABYU pic.twitter.com/owtaDxZx0m
— HAYABUSA2@JAXA (@haya2e_jaxa) 26 de julho de 2019
O vídeo divulgado pela agência mostra a espaçonave japonesa se aproximando do Ryugu e coletando a primeira amostra de material da superfície de um asteroide. As imagens foram captadas pela Cam-H, um equipamento instalado na sonda que foi desenvolvido por meio de uma parceria entre a JAXA e a Universidade de Ciências de Tóquio, com recursos provindos de doações públicas.
O estado da espaçonave é normal e a sequência de aterrissagem foi realizada conforme programado. O gerente de projetos Tsuda declarou que o segundo touchdown foi um sucesso. Após o breve pouso, a espaçonave retornou a uma posição segura acima de Ryugu. Está programado para começar seu retorno à Terra com as amostras coletadas no final do ano.
Os asteróides são pedaços remanescentes do disco de gás e poeira que se formou ao redor do sol e que nunca se fundiram em nenhum planeta. Neles existem compostos que dão pistas sobre como era o sistema solar há 4,5 bilhões de anos. O Ryugu se encaixa na categoria de asteróide do tipo C ou carbonáceo, que são formados por moléculas de carbono, conhecidas como partículas orgânicas, o que inclui aminoácidos, os blocos responsáveis pela construção das proteínas. Apesar de nem todas essas moléculas terem relação direta com biologia, os cientistas acreditam que os asteróides poderiam ter 'espalhado a matéria orgânica que gerou a vida na Terra. Cerca de três quartos dos asteróides do sistema solar são do tipo C.