Ciência
20/08/2019 às 05:00•2 min de leitura
Neste exato momento, há exatos 3,7 mil anos-luz da Terra, existe uma grande nuvem formada por areia e gases que serve de pequeno "criadouro" de novas estrelas. Nuvens como essa são chamadas de nebulosas e esta, em específico, tem uma característica única: o formato de uma gaivota.
Seu formato diferente faz com que ela seja alvo de muitos cientistas e observadores, que conseguiram montar uma imagem mais clara da “nebulosa gaivota” em 2016, em um dos principais observatórios da Via Láctea no mundo, que fica no deserto do Atacama, no Chile.
Para explicar a formação da gaivota cósmica, os cientistas costumam se referir às partes do animal. Por exemplo: sabe-se que a nebulosa que compõe o corpo da gaivota é composta em grande parte por hidrogênio. Além disso, o que forma o grande e brilhoso “olho” da ave é, na verdade, uma estrela extremamente brilhosa, chamada de HD53367. Segundo os cientistas, essa estrela tem uma massa 20 vezes mais pesada que o sol.
A cor avermelhada que acentua ainda mais o formato de gaivota a nebulosa acontece devido aos níveis de radiação das jovens estrelas que ali nascem.
Há quem diga que é possível ver a nebulosa de gaivota olhando para o céu noturno da Terra. Para isso, é preciso olhar entre as constelações de Canis Major (O Grande Cão) e do Monoceros (O Unicórnio). Mas é bom forçar bem a vista ou ter um telescópio moderno para tentar encontrar a gaivota cósmica, pois sem isso a tarefa fica bem complicada. O que vale é tentar, não é mesmo? Se o céu estiver sem nuvens essa noite, que tal dar uma olhadinha pro alto e ver se encontra a gaivota vermelha que está a anos luz de nós?