Ciência
28/05/2021 às 04:00•2 min de leitura
Uma carta manuscrita e assinada por Albert Einstein, quando o físico ainda lecionava na Universidade de Princeton nos EUA, foi vendida em um leilão pelo valor de US$ 1,2 milhão, o equivalente a R$ 6,4 milhões. Enviada a um físico rival, a correspondência tem inscrita a famosa equação E=mc².
Comprada por um colecionador anônimo, a carta de uma página está escrita em alemão, em papel timbrado de Princeton e chancela pessoal de Einstein, e foi originalmente enviada ao físico polonês-americano Ludwik Silverstein, um crítico das teorias do físico. A data é 26 de outubro de 1946.
Fonte: RR Auction/Reprodução
De acordo com arquivistas do Projeto de Documentos Einstein, do California Institute of Technology e da Universidade Hebraica de Jerusalém, o alto valor atribuído ao documento deve-se ao fato de ser um dos quatro papéis existentes onde Einstein inscreveu a equação E=mc².
Segundo a casa de leilões RR Auction de Boston, nos EUA, a carta permanecia nos arquivos pessoais de Silverstein e superou em três vezes o valor esperado pelos leiloeiros. O preço que se entendia máximo, de US$ 400 mil atingiu o triplo, depois que duas partes travaram uma guerra de lances.
Fonte: YouTube/Reprodução
A equação "energia é igual à massa multiplicada pela velocidade da luz ao quadrado" foi publicada por Einstein pela primeira vez em um artigo científico de 1905. Falando de forma simplificada, a equação afirma que energia e massa (matéria) são intercambiáveis entre si, ou formas diferentes de uma mesma coisa.
Antes da publicação da equação E=mc², massa e energia eram tratadas pelos próprios físicos como entidades separadas, vagamente inter-relacionadas. Com alguns traços de sua caneta, o que Einstein demonstrou foi que, embora vejamos, por exemplo, um raio de luz e uma noz como formas distintas, a Natureza os vê como uma mesma coisa, ou dois lados de uma mesma moeda.
A fórmula é a prova matemática da teoria da relatividade especial de Einstein, segundo a qual nada pode viajar mais rápido do que a velocidade da luz no vácuo, pois um suposto objeto nessas condições teria massa infinita, o que demandaria energia infinita para se mover.