Ciência
02/12/2022 às 10:00•2 min de leitura
Durante as últimas semanas, a NASA finalmente realizou o lançamento do tão esperado voo Artemis 1, a primeira de várias missões que devem estabelecer presença humana na Lua e ao redor dela. Mesmo que o projeto esteja apenas no início, os últimos acontecimentos já deixaram muitas pessoas animadas nos bastidores.
Em declaração à BBC, o gerente de programa da espaçonave Orion, Howard Hu, afirmou que existem planos dentro da agência espacial norte-americana para que pessoas vivam no satélite da Terra mais cedo ou mais tarde. "Certamente teremos humanos morando lá ainda nessa década", declarou.
We are go for launch! pic.twitter.com/X0WpHBo7NM
— Howard Hu (@HowardHuNASA) November 16, 2022
Segundo os comentários feitos por Hu, existe um planejamento dentro da NASA para que cada vez mais humanos consigam ter uma experiência fora do nosso planeta em um futuro próximo. "A duração das missões ainda depende do tempo em que ficaremos na superfície da Lua. Mesmo assim, esses viajantes terão habitats próprios e rovers no solo para se locomover", explicou em sua fala.
O plano é que as próximas missões espaciais comecem a implementar toda a infraestrutura necessária para a sobrevivência humana fora do planeta, sem pular nenhuma fase essencial nesse processo. De acordo com Howard, esses indivíduos não só poderão viver na Lua, mas também terão as condições ideias para "fazer ciência".
A atual missão Artemis 1 é um empreendimento não tripulado com duração entre quatro e seis semanas, no qual a espaçonave Orion viajará para o satélite do nosso planeta. Ao chegar lá, a nave deve ficar a cerca de 100 metros da superfície da Lua antes que a gravidade a puxe para sua órbita. Os dados coletados nessa empreitada serão usados para voos futuros com humanos a bordo, missão essa que será batizada de Artemis 2 e tem lançamento previsto para 2023.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Caso as missões Artemis 1 e 2 sejam um verdadeiro sucesso, o plano é que exista a Artemis III, onde a tripulação poderá tocar a superfície da Lua pela primeira vez. Se isso se concretizar, será a primeira vez que alguém estará lá desde 1972. Em seu depoimento, Hu disse que as missões pretendem averiguar se há água no polo sul da Lua, o que poderia ser convertido em combustível potencial para espaçonaves viajarem cada vez mais longe no espaço.
Inclusive, o oficial da NASA ainda afirmou que o planejamento feito pelas missões Artemis pode ser particularmente benéfico para novas pesquisas em Marte. "As missões Artemis nos permitem ter uma plataforma sustentável e um sistema de transporte que nos permite aprender a operar naquele ambiente espacial profundo."
Na semana passada, a Orion fez seu sobrevoo mais próximo da Lua, chegando a cerca de 130 metros da superfície do astro enquanto voava a 8200 km/h. Os próximos dias de operação mostrarão ao mundo em que passo estamos na nossa escalada tecnológica e o que os nossos filhos e netos podem esperar para o futuro.