Ciência
22/07/2024 às 12:14•2 min de leituraAtualizado em 22/07/2024 às 12:14
Nos últimos 23 anos, a Estação Espacial Internacional (ISS) tem funcionado como refúgio para centenas de astronautas de diversos países. Porém, tudo indica que os seus dias estão contados desde que a Nasa anunciou em junho que pagaria à SpaceX, empresa de Elon Musk, até US$ 843 milhões para ajudar a desativá-la.
Na última quarta-feira (17), a NASA e a SpaceX compartilharam novos detalhes sobre seu plano, que envolve utilizar a nave espacial Dragon para tirar a ISS de órbita e fazê-la cair violentamente em um túmulo oceânico remoto. De acordo com os especialistas, o processo seria concluído provavelmente em 2031.
With 6x more propellant and 4x the power of today’s Dragon spacecraft, SpaceX was selected to design and develop the U.S. Deorbit Vehicle for a precise, controlled deorbit of the @Space_Station https://t.co/GgtuplTwqQ pic.twitter.com/E23sS7CE4U
— SpaceX (@SpaceX) July 17, 2024
As naves espaciais Dragon da SpaceX, conhecidas por seu tamanho impressionante, atualmente transportam astronautas e cargas da NASA para a ISS. Porém, tendo em mente que a Estação Espacial pesa cerca de 420 toneladas, a empresa de Elon Musk está pensando em turbinar suas aeronaves para tornar a tarefa possível.
Para isso, uma das naves será equipada como um novo "porta-malas" de alta potência que será usado para acoplar 46 motores — 30 motores a mais do que os outros modelos. Segundo a diretora de gerenciamento da missão Dragon da SpaceX, Sarah Walker, a parte mais complexa da missão será a queima final que colocará a ISS no curso em direção à sua descida final.
O destino da Estação Espacial será uma parte remota do Pacífico Sul, mas a NASA ainda não escolheu um local preciso. Esse será um cálculo extremamente importante, uma vez que a agência espacial não quer arriscar ter uma nave espacial do tamanho de um campo de futebol atingindo qualquer lugar que não seja a água.
A desativação da ISS é uma etapa importantíssima para a história da exploração espacial. Em 2012, a nave Dragon tornou-se o primeiro veículo comercial a atracar na Estação Espacial e, se tudo correr conforme o planejado, também será o último veículo a estar lá.
Em primeiro momento, a NASA considerou fazer o trabalho com três espaçonaves russas Progress, mas isso não era o suficiente para dar conta do tamanho da ISS. Por conta disso, a agência espacial dos EUA e sua contraparte russa, a Roscosmos, planejam continuar usando a Estação Espacial até 2030.
Depois desse período, ambas as agências pretendem seguir caminhos separados e fazer a transição para novas estações espaciais. Inclusive, a NASA espera ser um dos muitos clientes em estações espaciais privadas no futuro.