Ciência
06/04/2016 às 11:28•3 min de leitura
Se no filme o personagem principal já faz algumas coisas bem improváveis, no livro ele chega a ser enviado ao espaço com um macaco e aterrissa em uma tribo canibal! A linearidade e o fato de ser mais plausível fizeram do longa-metragem um sucesso absoluto. Já o livro...
Tom Hanks ganhou seu segundo Oscar pelo papel
O lançamento do filme ajudou o livro a vender bastante, e até mesmo o seu autor, Irnive Welsh, disse adorar a versão cinematográfica. Não é à toa: “Trainspotting” conseguiu se conectar com a juventude dos anos 90 como poucos outros filmes fizeram.
As drogas e a música eletrônica ajudaram o filme a se conectar com o seu público
No livro, os personagens são pouco desenvolvidos, ainda que a história seja muito boa e tenha uma cena curiosa do momento em que os dois personagens principais se encontram pela primeira vez (spoiler: é em uma praia). Já o filme conseguiu dosar ultraviolência com um roteiro afiado que criticava a sociedade de consumo do final dos anos 90.
As pessoas quebraram a primeira regra do "Clube da Luta" e passaram a falar dele com todo mundo
O filme segue fielmente o conto de Annie Proulx, mas conseguiu aprofundar o drama e os conflitos vividos pelos personagens que se descobrem envolvidos em um romance homossexual em um universo carregado de testosterona.
Entrega visceral dos atores ampliou a discussão sobre a homofobia
De fato, o livro é ótimo, mas bastante complexo e de difícil leitura, já que cria inúmeras gírias para mostrar jovens problemáticos em uma Inglaterra futurista. O diretor Stanley Kubrick manteve esse clima, que funcionou melhor nas telonas e pôde ser mostrado com ainda mais sadismo e violência gráfica.
Violência funcionou muito melhor visualmente do que na escrita
Convenhamos: Nicholas Sparks é um autor bem água com açúcar, e isso está refletido em praticamente todos os seus livros e nos filmes baseados nessas obras. Porém, “Diário de Uma Paixão”, além de ser romântico ao extremo, ganhou uma direção primorosa e um elenco afiadíssimo, que transformaram as bobagens do livro em uma magnífica história de amor.
"Diário de Uma Paixão" conta a história de um amor além do tempo
E quando as duas obras são boas? O livro de “O Silêncio dos Inocentes” ganhou diversos prêmios dos críticos especializados e se tornou um filme ainda melhor e mais sombrio, tendo sido um dos únicos a receber os 5 Oscars principais da Academia de Artes Cinematográficas de Hollywood.
"O Silêncio dos Inocentes": livro premiado ganhou versão cinematográfica ainda melhor
O livro de Michael Crichton até discute a parte científica e moral de reviver os dinossauros, mas o filme de Steven Spielberg conseguiu, além disso, colocar uma boa dose de ação e aventura. Sem contar, é claro, a revolução dos efeitos especiais, que mudaram a forma de se fazer cinema.
A revolução dos efeitos digitais marcou época
Baseado na autobiografia da chef Julia Child e no livro de memórias de Julie Powell, que tenta reproduzir todas as receitas de Julia em apenas 1 ano, o filme “Julie e Julia” consegue traçar um paralelo entre as duas protagonistas, que são separadas tanto pelo tempo quanto pelo espaço.
Meryl Streep em sua 16ª indicação ao Oscar
Frequentemente chamado de melhor filme de todos os tempos, o dramático “Um Sonho de Liberdade” é baseado em um pequeno conto do mestre do suspense Stephen King, que o cita como seu filme favorito inspirado em uma obra sua.
Um dos melhores filmes de todos os tempos
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