7 fatos curiosos sobre o tédio

17/12/2018 às 05:002 min de leitura

1. Tédio é diferente de apatia

Apesar de algumas pessoas usarem as duas palavras para se referirem à mesma coisa, tédio e apatia são bem diferentes. Segundo James Danckert, professor de neurociência cognitiva na Universidade de Waterloo, em Ontário, o tédio é extremamente insatisfatório, já que a pessoa está motivada, mas não encontra nenhuma atividade para satisfazer essa necessidade.

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 2. O tédio pode estar ligado a lesões cerebrais

Segundo Danckert, durante os seus estudos ele descobriu que os pacientes que relatam sentir mais tédio estão mais propensos a ter lesões no córtex frontal, parte que desempenha uma importante função no autocontrole.

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3. É possível morrer de tédio

A University College London, no Reino Unido, fez um estudo com mais de 7 mil funcionários públicos do país entre os anos de 1985 e 1988. Na época, os entrevistados tinham entre 35 e 55 anos. Em 2009, eles voltaram a pesquisar sobre essas pessoas e descobriram que os que afirmaram sentir muito tédio tiveram 37% mais probabilidade de ter morrido do que os outros.

Os autores salientaram que o tédio está ligado a maiores taxas de mortalidade por se relacionar a depressão e outros problemas de saúde.

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4. Coisas muito difíceis podem causar tédio

Você já ouviu dizer que crianças muito inteligentes e que não são desafiadas podem se entediar? Uma pesquisa mostrou que o inverso também ocorre: alunos que são muito pressionados na escola podem acabar se sentindo entediados.

Em um estudo feito em 2012, os pesquisadores ofereceram a mais de 150 estudantes enigmas fáceis e difíceis e depois analisaram o nível de tédio. As tarefas fáceis levaram a uma situação geral de tédio, enquanto as difíceis causaram tédio focado na tarefa.

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5. O tédio pode atrapalhar o tratamento da depressão

Danckert e vários colegas acreditam que o tédio pode interferir no tratamento de pessoas com depressão. No estudo, eles mostraram como a terapia de ativação comportamental, que encoraja os pacientes a fazerem atividades prazerosas, não funcionava tão bem nos pacientes propensos a sentir tédio.

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6. Não há ligação comprovada entre o tédio e a tecnologia

Muitas pessoas acreditam que o fácil acesso a diversas tecnologias vem tornando as pessoas entediadas. Porém, segundo Danckert, é impossível fazer essa conexão, já que ele não pode voltar no tempo e analisar se quem não tinha um iPhone era mais ou menos propenso ao tédio. 

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7. Não há uma cura para o tédio, mas você pode treinar o seu cérebro

Para Danckert, não há um milagre que o deixe menos entediado com alguma tarefa, mas ele acredita que, ao desempenhar qualquer atividade que pareça maçante, você deve treinar o seu cérebro para mergulhar mais profundamente no significado daquela tarefa em vez de apenas ver a superfície

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*Publicado em 27/9/2016

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