Estilo de vida
06/08/2013 às 12:41•2 min de leitura
Enterro e cremação não são as únicas formas de encarar a morte. Ao redor da Terra, pessoas de diferentes culturas e credos se envolvem em rituais diversos, que mostram um pouco da diversidade cultural da humanidade. Confira, a seguir, uma pequena amostra dessa variedade e, consequentemente, da diversidade cultural da humanidade.
As múmias do Egito antigo compõem, provavelmente, a terceira forma mais famosa de lidar coma morte. O processo era reservado aos membros das classes mais altas da sociedade e incluía a retirada de todos os órgãos internos do corpo, incluindo o cérebro. Os egípcios pensavam que esse tipo de ritual ajudava a preservar a alma para a jornada pós-vida.
Uma lenda urbana conta que o corpo de Walt Disney está congelado até hoje para que ele seja ressuscitado no futuro. Apesar de isso ser mentira, visto que o criador do Mickey foi cremado, cerca de 100 cadáveres já passaram por esse procedimento e, até o momento, aguardam a tecnologia e o conhecimento corretos para que eles voltem à vida.
Nos Estados Unidos, existem pelo menos duas empresas que oferecem o serviço de criogenia, e o congelamento de um corpo pode custar de R$ 82 mil a R$ 352 mil. Quem quiser preservar o bicho de estimação precisa desembolsar cerca de R$ 17 mil. Porém, um aviso: apesar de a técnica de congelamento já estar dominada, ainda não é possível trazer ninguém de volta à vida.
Cremar um ente querido não precisa ser, necessariamente, um ritual quieto e de choro. Em Bali, os hindus promovem uma espécie de carnaval pela ruas, com direito a desfile enquanto o corpo queima dentro de uma urna em forma de touro.
Criada pelo artista e cientista Gunther von Hagens, em 1977, a plastinação é uma técnica de preservação da matéria biológica que consiste em extrair os fluidos corporais e substituí-los por resinas de silicone e outros. Essa foi a técnica explorada por von Hagens em sua exposição sobre o corpo humano, que já percorreu diversos países.
Muito tempo antes de começarmos a enterrar os mortos, os nossos antepassados transferiam seus cadáveres para cavernas de regiões onde hoje estão a Europa e o Oriente Médio. De acordo com o site Live Science, é possível que os neandertais acreditassem que essas cavernas servissem como ponto de passagem para o “outro mundo”.
Muitos exploradores acabaram morrendo em pântanos espalhados pelo mundo, porém, há casos em que o falecido acabou sendo enterrado propositalmente nessas regiões úmidas, principalmente durante a Idade Média.
Felizmente, graças às condições desses ambientes, os arqueólogos puderam encontrar corpos muito bem preservados devido às características químicas do local.
No Tibete, muitos mortos possuem um destino lindo, mas também assustador. Em vez de serem cremados ou enterrados, os cadáveres são destinados ao topo de lindas montanhas. Porém, acabam ficando entregues aos abutres que vivem na região.
Quando um viking mais abastado morria, recebia um funeral bastante nobre: seu corpo era colocado em um barco, junto com joias, comidas, armas e até mesmo escravos ou um animal de companhia. Depois de tudo arrumado em terra firme, a embarcação era incendiada e enviada para o mar.
Muitas tribos indígenas de regiões como Austrália e Sibéria preferiam depositar os mortos no alto, mais precisamente em árvores. Enrolados em mortalhas ou panos, o corpo então entrava em decomposição na floresta.
Os zoroastristas acreditam que os corpos são impuros e não devem contaminar a terra por meio de enterro ou cremação. Por isso, os mortos são enviados para “torre do silêncio”, regiões de rituais que normalmente ficam em cima de montanhas.
Ali, os cadáveres ficam expostos aos animais e aos elementos naturais. Quando restam apenas os ossos, eles são coletados e dissolvidos.