Artes/cultura
24/07/2018 às 02:00•2 min de leitura
Você tinha medo de escuro quando era criança? E agora, que já é adulto, o pânico continua? Pois, saiba que essa sensação pode te proteger como uma forma de alerta. O medo nos deixa em um estado de consciência mais preparado para receber algo que não estava em nossos planos.
Talvez seja até óbvio, mas não é exatamente da falta de luz que as crianças têm medo em um quarto na hora de dormir, mas sim da possibilidade de algum “bicho-papão” ou monstro subir em sua cama. Pois esta ansiedade acaba atuando como um mecanismo de seleção e limitação contra o comportamento imprudente. Em outras palavras, é uma vantagem evolutiva.
Enquanto o medo do escuro pode se manifestar como uma aguda reação de pânico ou como a insônia, um recente estudo realizado na Universidade de Toronto sugere que ele sirva como uma ansiedade de pressentimento, um alerta.
Fonte da imagem: Shutterstock
A sensação de ansiedade desempenha um papel específico em nossas respostas comportamentais em estímulos como as emoções do amor, raiva e tristeza, agindo para aumentar a nossa capacidade de lidar com o estresse e explorar mais plenamente as oportunidades benéficas.
Dessa forma, a ansiedade aumenta a sua consciência em situações que poderiam danificar vários aspectos da sua vida. Não apenas seus sinais vitais, mas seus relacionamentos, renda, posição social, características físicas, qualquer coisa que o torna mais atraente para o sexo oposto e mais propenso a se reproduzir.
Ao contrário de raiva ou tristeza, que ocorrem em resposta direta a um evento específico, nós respondemos aos estímulos ambientais com a ansiedade antes do evento esperado, que é quando a sensação é mais evolutivamente benéfica.
Seguindo essa linha de raciocínio, os nossos antepassados ??que melhor reconheceram e responderam aos sinais de perigo (em um local escuro, por exemplo) aumentaram suas chances de sobrevivência e reprodução em comparação àqueles que preferiram se arriscar no breu. Assim, o medo do escuro é, por extensão, o medo do desconhecido, e ele está presente simplesmente para que você não se esqueça dele.
*Publicado originalmente em 31/10/2013.
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