Matemática do amor: aqui está a fórmula para encontrar o parceiro perfeito

29/11/2018 às 03:004 min de leitura

Se um dos seus objetivos de vida é encontrar seu amor verdadeiro, saiba que você não é, mesmo, a única pessoa do mundo que pensa assim. Essa procura está cada vez mais contextualizada, e os sites e aplicativos de encontros e namoros não nos deixam mentir.

O que você provavelmente não imaginava é que encontrar a pessoa dos seus sonhos pode ser, no final das contas, uma questão matemática. Ainda que o mundo dos números possa parecer o menos atraente possível, podem estar nesse universo as respostas para alguns de nosso maiores dilemas afetivos.

A matemática Dra. Hanna Fry não apenas acredita que seu campo de atuação pode ser direcionado para questões amorosas como escreveu um livro sobre isso e falou a respeito, durante uma palestra do TED-x. O nome do livro? “A Matemática do Amor”.

Como assim?

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Segundo a autora, há alguns padrões que se repetem quando o assunto é a busca por um parceiro ideal, e isso se reflete também no universo online. Para chegar às conclusões que você vai ver a seguir, Hanna e sua equipe analisaram uma grande quantidade de dados de pessoas que fazem seus cadastros em sites de relacionamentos.

Um dos conselhos de Hanna é sobre os amigos com os quais saímos à noite. Em vez dos bonitões, ela nos aconselha a procurar a companhia daquelas pessoas menos atraentes, em um truque que faz parte do que ela chama de “Discreta Teoria da Escolha”, quando uma característica irrelevante pode mudar a forma como você vê suas escolhas gerais.

Ainda de acordo com essa teoria, a autora explica que, no caso de haver duas mulheres – A e B – classificadas como igualmente atraentes, se outra mulher se aproximar, e se ela for, digamos assim, uma versão menos bonita da mulher A, então essa mulher A será a mais popular na balada. Será que faz sentido?

Não disfarce aquilo que você menos gosta

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Outra técnica de Hanna é o controverso conselho de dar ênfase aos defeitos – geralmente todo mundo faz o contrário, não é? Isso tem a ver com uma análise de sites de namoro, feita pela pesquisadora. Ela reparou que as pessoas consideradas mais atraentes não são as que mais recebem respostas nesse tipo de interação.

No final das contas, quem se dá bem mesmo nessa coisa de paquera online são as pessoas que estão ali no meio termo entre pessoas que são consideradas muito atraentes e aquelas que geralmente são vistas como nada atraentes.

Homens carecas, por exemplo, que podem ter algum tipo de complexo com isso, fazem mais sucesso quando não tentam esconder a calvice. O mesmo funciona para quem está acima do peso: tentar disfarçar é menos eficiente do que publicar fotos que mostrem seu corpo como ele realmente é. Ou seja: taí uma boa notícia, hein!

A lógica para isso, de acordo com Hanna, está no fato de que as pessoas têm medo da competitividade e “se garantem mais” ao lado de alguém “normal” do que ao lado de uma pessoa considerada perfeita e que chama muito a atenção. Ou seja: na hora de escolher sua foto de perfil, não queira achar aquela imagem que esconde todos os seus “defeitos”.

Mais dicas

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Hanna ressalta também o fato de que pessoas com aparência “saudável” são mais atraentes, então está aí outra coisa boa para investir: saúde. A pesquisadora explica também que é preciso não desistir de encontrar a “tampa da panela” antes de experimentar 37% de encontros ao longo da vida.

Essa porcentagem bizarra funciona assim: se você deseja se casar aos 35 anos, por exemplo, e começa a ter relacionamentos amorosos aos 15 anos, não deve perder as esperanças de encontrar a pessoa certa antes dos 22,4 anos. E nem depois disso, obviamente, mas o fato é que existe uma chance de que o seu parceiro ideal seja a pessoa com quem você esteve/está/estará aos 22 anos.

Se depois disso, você continua solteiro, a dica de Hanna é simples: case-se com o primeiro parceiro que for melhor do que todos os parceiros anteriores. Parece uma estratégia meio maluca, não é mesmo? Mas instintivamente ela se repete até em outros grupos, como é o caso de algumas espécies de peixes.

Não é de agora

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Relacionamentos amorosos já fizeram parte de outras teorias matemáticas antes. O estudante Peter Backus, da Universidade de Warwick, fez um trabalho chamado “Por que não tenho uma namorada” depois de um período de solteirice que durou três anos. Por meio da fórmula conhecida como Equação de Drake, o estudante chegou à conclusão de que, entre todas as mulheres disponíveis no Reino Unido, apenas 26 poderiam ser seu “par perfeito”.

Se você está achando que 26 é um número alto, saiba que isso significa que Backus teria uma chance em 285 mil de encontrar uma dessas garotas quando fosse para a balada. O lado bom, antes que você comece a bater sua cabeça contra a parede, é que, pelo visto, Backus encontrou uma dessas garotas ideais – foi em um jantar com amigos, não na balada. Os dois estão casados, inclusive.

E quem já é casado?

Para quem já resolveu o problema maior e encontrou o par ideal, a matemática pode dar uma ajudazinha e dizer se o casal vai ou não ficar junto por muito tempo. Bizarro, né?

De acordo com o psicólogo John Gottmann e com o matemático James Murray, há uma fórmula capaz de avaliar o humor da pessoa quando ela está sozinha, quando está com o parceiro e também a forma como um influencia o outro.

Esse tipo de cálculo maluco conseguiu comprovar que casais que vivem brigando eventualmente assinarão o divórcio. Os casais de mais sucesso são aqueles formados por pessoas aceitam reclamações de seus parceiros e não deixam que coisas pequenas se transformem em brigas grandes e desnecessárias.

Você pode dizer “mas isso é óbvio”, e é óbvio mesmo, mas se há comprovação até pela matemática, talvez esteja na hora de repensarmos alguns de nossos comportamentos e tentarmos adotar um estilo de vida mais simples. Como bem disse Dra. Hanna, “o amor, assim como quase tudo na vida, é cheio de padrões e a matemática é feita do estudo de padrões”. E aí, você acha que essas pesquisas fazem algum sentido?

*Publicado em 30/03/2015

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