Ciência
29/09/2015 às 11:13•2 min de leitura
Somente pais ou pessoas que tiverem que cuidar de crianças pequenas sabem o caos que pode representar tirar algum objeto de que elas gostem ou com o qual estejam se distraindo no momento. Alguns desses itens podem ter uma representação tão forte para uma criança, que aonde ela vai, eles têm que estar junto, grudados. São brinquedos, ursinhos de pelúcia, cobertores, paninhos, chupetas ou qualquer outra coisa, muitas vezes inexplicável, pelos quais elas alimentam um amor incondicional.
E o tamanho desse afeto pode ser medido na hora de passear ou ir ao médico, por exemplo. Qual santa criança não abre um berreiro ao ser contrariada por querer levar alguns desses seus “artefatos de amor profundo” a qualquer lugar que seja? Então, certas situações chegam a ser tão críticas que acabam por causar preocupação nos pais em virtude da ligação que os pequenos têm com determinados objetos, pois não sabem como será se esse item for estragado ou perdido e, principalmente, se isso pode ocasionar algum problema na vida adulta.
A ciência, então, alerta para que os pais fiquem despreocupados. Esse tipo de relação, dos pequenos com um objeto específico, é benéfica à medida que ajuda a diminuir o estresse de alguma criança mais agitada e também nos primeiros anos escolares, segundo um estudo relatado pelo site Mother Nature Network.
Segundo a pesquisa, esses itens de adoração podem proporcionar conforto em diversas situações em que a criança, usualmente, procuraria os pais, como ao acordar durante a noite ou em algum momento em que eles estejam ocupados. Mas não, isso não significa que os pais podem ser substituídos por um brinquedo ou qualquer outro objeto – eles apenas podem ter uma ajuda em ocasiões um pouco mais complicadas.
Logo, não se preocupe com o enorme afeto que seu filho ou qualquer outra criança que você conheça nutre por determinado brinquedo, por exemplo. Segundo o Mother Nature Network, quando estiverem prontos, eles vão acabar abandonando esses itens.
Para constatar que tipo de influência os objetos de adoração causam nas crianças, os pesquisadores procuraram reunir alguns grupos de crianças de 3 anos, com suas respectivas mães, para visitar o pediatra e realizar exames. Divididos em dois grupos que vivenciariam situações diferentes, as crianças foram observadas e tiveram sua pressão arterial e frequência cardíaca monitoradas para medir o nível de estresse.
Em um dos grupos, as crianças eram submetidas aos exames, e suas mães abandonavam a sala por alguns instantes, deixando os filhos com os objetos de que tanto gostavam. Já no outro cenário, as mulheres permaneciam com os pequenos até o fim da sessão, porém sem os itens, durante um determinado período dos exames. Após as análises, verificou-se que as crianças se acalmavam igualmente tanto pela presença da mãe quanto dos adorados objetos.
Outra pesquisa publicada, pelo Jornal de Cognição e Cultura, apresentou dados curiosos que mostram que os adultos mantêm certo amor pelos seus adorados objetos de infância. Para tanto, os pesquisadores pediram para vários jovens de 20 anos rasgarem fotografias de diversos itens.
No filme Toy Story 3 o menino Andy, já entrando na fase adulta, brinca pela última vez com seu amado brinquedo de infância antes de doá-lo para outra criança
Não foi difícil para essas pessoas destruírem as imagens de seus celulares e suas carteiras, por exemplo. No entanto, para rasgar aquelas fotos que retratavam antigos e amados objetos de infância, os adultos apresentaram níveis significativos de aflição.
E você, ainda tem algum objeto de infância guardado? O que ele representa pra você? Conte a sua história no Fórum do Mega Curioso