Artes/cultura
03/12/2012 às 12:57•2 min de leitura
(Fonte da imagem: Reprodução/Runners World)
Existem rumores de que atletas profissionais — principalmente velocistas, ciclistas e jogadores de futebol — estariam consumindo as famosas pílulas azuis para melhorar seus desempenhos (fora dos quartos e) dentro das quadras. Aparentemente, muitos desses esportistas estão convencidos de que o Viagra também pode melhorar suas habilidades esportivas.
De acordo com o site POPSCI, que publicou uma notícia sobre o tema, existem alguns estudos que apontam uma correlação entre o uso do Viagra e a melhora no desempenho esportivo. Aparentemente, o benefício se daria graças ao efeito da pílula de relaxar alguns músculos e melhorar o fluxo sanguíneo através da vasodilatação, o que favoreceria a oxigenação muscular e aumentaria, dessa forma, a resistência durante as competições.
A ideia é a mesma de quando os atletas treinam em locais de maior altitude para melhorar o fluxo de oxigênio aos músculos. Entretanto, nenhum estudo encontrou evidências de que o uso de Viagra possa ajudar atletas que treinam ao nível do mar, e parece que os únicos beneficiados seriam os que tomam o “remedinho” enquanto realizam treinamentos em localidades acima dos 1.800 metros.
(Fonte da imagem: Reprodução/Wikipédia)
De acordo com Don Catlin, pesquisador da UCLA e especialista em antidoping, ainda que existam evidências de que treinar nessas condições possa melhorar a performance dos atletas, essa melhora varia entre 1 ou 1,5%, o que não é muito. Além disso, incluir as pílulas azuis a essa equação só serviria, quando muito, para suprir as dificuldades físicas que os atletas sentem quando precisam, eventualmente, competir em lugares localizados muito acima do nível do mar.
Segundo explicou Catlin, embora o índice de melhora seja minúsculo, muitos esportistas acreditam — erroneamente — que a melhora proporcionada pelo Viagra seja bem significativa e, como esse medicamento não é banido pelos comitês oficiais, eles preferem treinar em condições mais... duras.
Além disso, como não existem evidências suficientes que comprovem que a famosa pílula azul traga vantagens a determinados esportistas, as organizações que controlam as substâncias consumidas pelos atletas acreditam que a discreta reação física provocada pelo Viagra não é suficientemente preocupante para proibir o seu uso no meio esportivo.