Ciência
05/03/2013 às 04:00•1 min de leitura
Os estudiosos sempre tinham se ocupado da extensão dos movimentos corporais na comunicação interpessoal. Mas a psicóloga Amy Cuddy resolveu colocar a coisa em uma perspectiva diferente: quais serão os efeitos da linguagem corporal sobre o próprio sujeito?
Conforme disse Cuddy durante palestra para o tradicional TED, entre outras coisas, tem-se como resultado possível alguém com mais segurança e também mais propenso a assumir riscos. Isso ocorre porque expressões particularmente expansivas liberam altos graus de testosterona no organismo, enquanto mantêm sob controle o cortisol — principal hormônio responsável por quadros de stress.
Inversamente, posturas corporais mais contidas tendem a reduzir a testosterona e aumentar o cortisol, conforme revelou um estudo conduzido pela psicóloga em laboratório, com dois grupos de voluntários. De fato, o experimento mostrou ainda que mesmo “fingir” poses altivas já é suficiente para produzir o cenário positivo descrito acima.
Entretanto, não, a ideia não é que você comece a gesticular e fazer poses durante uma entrevista de emprego. Na verdade, conforme salientou Cuddy, a linguagem corporal favorável deve ser utilizada antes de eventos estressantes — quem sabe escondido em algum canto do banheiro, antes de enfrentar o RH?
Por fim, a psicóloga afirma que a ideia não é lançar mão desse expediente unicamente para conseguir bons desempenhos em ocasiões isoladas. Na verdade, assumir constantemente linguagens corporais mais expressivas alteram profunda e continuamente o nível de autoconfiança de uma pessoa, garante Cuddy.