Saúde/bem-estar
21/12/2024 às 09:00•2 min de leituraAtualizado em 21/12/2024 às 09:00
Desde cedo, aprendemos que a Terra tem seis continentes: África, América, Antártida, Ásia, Europa e Oceania. Essa classificação parece simples e definitiva, mas, ao mergulhar mais fundo, ela começa a desmoronar.
A Europa, por exemplo, merece realmente o título de continente? Ou seria apenas uma extensão da Ásia? E o que dizer da misteriosa Zelândia, o suposto "continente submarino"? A verdade é que a história dos continentes está longe de ser tão clara quanto imaginamos.
A ideia de seis continentes é algo que nos foi ensinado para facilitar. Aliás, em alguns países, ensina-se que a Terra tem sete continentes, com a América dividida em América do Norte e América do Sul. O problema é que, quando crescemos, percebemos que a realidade é mais bagunçada do que o mapa-múndi colorido da sala de aula.
Pegue a Europa, por exemplo. Para muitos especialistas, não faz sentido considerá-la um continente separado. Suas fronteiras com a Ásia são mares pequenos, cadeias de montanhas nem tão impressionantes assim e linhas imaginárias.
Segundo estudiosos, a Europa é uma ideia inventada, fruto de convenções históricas e políticas. Essa divisão teria origem na necessidade dos antigos gregos de se colocarem no centro do mundo e no impulso europeu de definir as regras do jogo.
De fato, a própria forma como definimos continentes pode ser vista como uma convenção histórica. Ao longo do tempo, as fronteiras entre as regiões do mundo foram se moldando de acordo com aspectos culturais, políticos e geográficos, criando divisões que nem sempre têm uma base natural ou objetiva.
Talvez possamos recorrer à ciência para esclarecer as coisas, certo? Infelizmente, nem a geografia é tão certeira. Alguns geólogos tentaram criar critérios: crosta terrestre espessa, elevação significativa em relação ao fundo do oceano e uma boa variedade de formações rochosas.
Parece razoável, mas até esses critérios abrem espaço para mais perguntas. A Zelândia, por exemplo, atende a quase todos esses requisitos e, mesmo assim, quase ninguém a considera oficialmente um continente.
E o que dizer da Islândia? Sua crosta é sete vezes mais espessa do que o normal, sugerindo que ela também poderia ser parte de um continente escondido. Ou seja, se formos rigorosos, talvez existam oito ou até mais continentes!
A verdade é que não existe uma resposta definitiva para a pergunta "quantos continentes existem?". Essa contagem depende de como você interpreta as convenções históricas, geológicas ou culturais.