9 fatos mega curiosos sobre o nosso sistema circulatório

10/12/2014 às 08:264 min de leitura

Muita gente só dá atenção  ao sistema circulatório quando alguma coisa de ruim começa a acontecer com a saúde em decorrência de problemas no coração e nos vasos sanguíneos. A verdade é que precisamos, obrigatoriamente, cuidar dele com a mesma atenção que dispensamos a todo o corpo, já que doenças cardíacas são as que mais matam atualmente.

Para quem ainda não tem conhecimento, a função principal desse sistema é o transporte de sangue, nutrientes, gases e hormônios para cada canto, suprindo as necessidades de todas as células, mantendo a temperatura adequada, equilibrando o pH do corpo e combatendo vários tipos de doenças existentes, inclusive o câncer.

Porém, como todos sabem, o nosso corpo é uma máquina muito complexa e, da mesma forma que os demais sistemas existentes possuem suas peculiaridades,  ele também esconde fatos bem interessantes que até mesmo alguns médicos desconhecem. Separamos 9 curiosidades para que você nunca mais veja o sistema circulatório do mesmo jeito.

Não viva em outro mundo

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Por causa da gravidade, o sangue tende a se acumular principalmente nas pernas de uma pessoa. Porém, no espaço não existe gravidade, e o sangue acaba parando no peito e na cabeça. Os astronautas reclamam muito de nariz entupido, dores de cabeça e rostos inchados, o que prejudica o sistema circulatório.

O coração também se amplia para que possa lidar com o aumento do fluxo sanguíneo na região do órgão, e o cérebro interpreta tudo isso como uma mudança súbita dos fluidos. O corpo responde com processos diferentes para se livrar do excesso de líquido, resultando em perda e redução geral no volume de sangue que circula pelo corpo.

Morrendo de amor

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Sabe quando você sofre uma decepção amorosa ou perde um ente querido e acha que vai morrer de tanta dor? Muita gente vai dizer para você que isso não mata, mas a verdade é que pode quase chegar às vias de fato! Um acontecimento emocionalmente estressante, uma separação física ou uma perda irreparável pode “quebrar” o seu coração e te deixar realmente doente.

O que acontece é que, quando ocorrem coisas desse tipo, o miocárdio (músculo do coração) acaba se enfraquecendo e você pode ter sintomas bem parecidos aos de um ataque cardíaco — dor no peito, falta de ar e dores no braço —, te deixando de cama e até mesmo internado. Essa condição se chama cardiomiopatia e também é conhecida como "síndrome do coração partido".

Batendo fora do peito

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Algumas pessoas já tiveram a experiência de presenciar um coração batendo fora do corpo. Isso pode ser facilmente visto em vídeos, documentários e até mesmo no famoso longa-metragem "Indiana Jones e o Templo da Perdição", quando um homem arranca o coração de outro e o órgão continua pulsando mesmo ao ar livre.

Isso não é ficção científica e esse fato realmente acontece. E você sabe o motivo para isso? O coração não precisa de impulsos elétricos de terceiros: ele tem os seus próprios, que são alimentados por oxigênio. Então, enquanto o órgão continuar recebendo o elemento, ele continuará batendo, mesmo separado do corpo.

Mais comprido do que você imagina

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Quando você olha o corpo de uma pessoa (ou o seu próprio), você não tem ideia do tamanho do sistema circulatório ali dentro. Vamos começar dizendo que a circunferência da Terra é de mais ou menos 40 mil quilômetros. Você acreditaria se nós te disséssemos que existe cerca de 100 mil quilômetros de veias, artérias e capilares em nosso interior?

Isso mesmo! Se retirássemos todos os vasos sanguíneos de uma pessoa, poderíamos dar a volta em torno do planeta aproximadamente 2,5 vezes. E apesar de os capilares serem os menores tubos sanguíneos, eles compõem cerca de 80% de todo esse comprimento citado. Sim, é muita coisa, mesmo para uma pessoa adulta.

Erro médico por 1.500 anos

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Por muitos anos, os médicos tiveram um modelo incorreto do sistema circulatório. Isso se deu pelo fato de que a ciência ainda não era tão avançada e não era possível ter absoluta certeza do que se dizia. O médico e filósofo grego Galeno de Pérgamo afirmou que o sistema sanguíneo tinha dois tipos: venoso (vermelho-escuro) e arterial (vermelho-vivo).

Ele também disse que o sistema circulatório era composto de duas maneiras de distribuição de sangue (em vez de um só) e, pasme: que era o fígado quem produzia o sangue venoso. Para Pérgamo, o coração era um órgão de sucção (e não de bombeamento). Somente em 1600 é que o médico inglês William Henry pôde corrigir toda essa teoria.

Sangue azul não existe em humanos

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Pessoas muito claras podem olhar as veias que aparecem através de todo o seu corpo e imaginar que seu sangue é azul, mas isso realmente não existe (pelo menos não em seres humanos). A coloração enganosa das veias é resultante da forma como a luz penetra na pele, é absorvida e retorna para nossos olhos.

O sangue que flui pelas artérias e capilares é vermelho-vivo e se torna mais escuro quando volta ao coração através das veias. Porém, alguns moluscos e artrópodes não têm hemoglobina (que dá a cor rubra sangue), sendo substituída pela proteína hemocianina, fazendo com que seu sangue fique azul-escuro quando oxigenado.

Quanto maior o corpo, menor a frequência cardíaca

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É isso mesmo que você leu no título: quanto maior o corpo, menor a frequência cardíaca. Quanto maior é o ser, o seu coração bate mais devagar em repouso. Por exemplo, uma pessoa adulta tem uma taxa de batimentos cardíacos de cerca de 80 por minuto quando está descansando.

E isso não é somente entre os seres humanos. Uma ovelha, por exemplo, tem a mesma taxa que os seres humanos. O coração de uma baleia-azul é enorme, do tamanho de um automóvel, e só bate 5 vezes por minuto. Já uma víbora tem cerca de mil batidas a cada 60 segundos. 

Em nome dos avanços médicos

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Você sabe o que é um cateterismo? Trata-se de um procedimento médico que insere um cateter no vaso sanguíneo de um paciente, passando-o para o coração. Serve para verificar o fluxo sanguíneo nas artérias coronárias, efetuar o diagnóstico e muito mais. Ele é muito utilizado hoje em dia, mas você sabe como ele surgiu?

O médico alemão Dr. Werner Forssman iniciou o processo em 1929 e, acredite: executou nele mesmo! O doutor contou com a ajuda de uma enfermeira, aplicou anestesia local e introduziu o cateter em seu próprio braço. Depois, usou um equipamento que o auxiliou a guiar o objeto de 60 centímetros até o seu coração. Haja amor à ciência!

Atenção especial aos glóbulos vermelhos

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Você sabia que os glóbulos vermelhos transportam muito mais oxigênio para o corpo do que as outras estruturas e, por isso, devem receber especial atenção? E isso tem uma razão bem interessante: diferentemente das outras células, eles não têm um núcleo: e, sem essa estrutura interna, sobra muito mais espaço para esse transporte que é tão necessário.

Os glóbulos vermelhos são renovados pela medula óssea, já que têm prazo de validade. Por causa de sua natureza diferente das demais células, eles circulam pelo nosso corpo por cerca de 120 dias, morrendo de envelhecimento ou danos. Por esse motivo, precisam ser imediatamente substituídos, o nosso próprio corpo cumpre essa função.

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