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15/04/2016 às 06:02•2 min de leitura
Se muitos animais têm caudas e se seres humanos são animais, por que é que nós também não temos esse apetrecho anatômico ao final da coluna? Bem... Como você talvez possa imaginar, isso tem a ver com a Teoria da Evolução.
Diferente dos cachorros e dos gatos, que precisam de quatro patas para andar enquanto balançam seus rabinhos, nós, humanos, somos bípedes e temos um jeito diferente de nos manter em equilíbrio – nosso centro gravitacional passa pelo meio da coluna vertebral, e nós não necessitamos de outra protuberância, digamos assim, para pender para um lado ou para outro para nos mantermos em pé.
Diferente de nossos parentes primatas, nós também não precisamos de rabos para nos dar auxílio na hora de subir em árvores, pular de galho em galho ou dar aquele impulso básico na hora de ficarmos em pé.
A carinha de alguns de nossos ancestrais.
Ainda não está conformado por não termos rabos? Então vamos falar em questões de energia: um membro a mais, que é praticamente o que um rabo é, exige muita energia, já que seriam necessários mais músculos, ossos e vasos sanguíneos. Sem falar que, hoje em dia, não precisamos mais de rabos para garantir nossa sobrevivência.
E aí entra a questão da Teoria da Evolução, citada no início deste texto. Se você reparar, no parágrafo anterior, falamos que não precisamos MAIS de um rabo, o que nos dá a entender que humanos já tiveram rabos um dia, certo? Certíssimo.
O vestígio da cauda é justamente ali ao final da coluna vertebral.
Na verdade, nós ainda temos um pedacinho do rabo que nossos ancestrais ostentavam enquanto se tornavam bípedes: ele se chama cóccix e fica ao final da coluna vertebral. Basicamente, o cóccix é um vestígio anatômico do rabo que seres humanos já tiveram um dia. Em outros primatas, o mesmo osso existe e, enquanto o bebê é gerado no útero da mamãe primata, o cóccix dá vez ao nascimento do rabo.
Nos humanos, a coisa é diferente: a nossa cauda começa a ser desenvolvida enquanto estamos no útero materno, mas, depois do primeiro mês de gestação, ela é reabsorvida pelo corpo e se torna parte da nossa coluna vertebral, na maioria das vezes – há casos raros de bebês que nascem com pequenas caudas, o que é chamado de “atavismo humano”. Essas caudas costumam ser pequenas e fáceis de remover por meio de cirurgias.
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