Guia rápido de sobrevivência: o que fazer se o elevador despencar?

17/11/2014 às 11:023 min de leitura

Algumas coisas são tão banais em nossas vidas que acabamos não percebendo quão impressionantes elas são. Quer um exemplo? Elevadores. Que tal pensar um pouco sobre elevadores? São cômodos relativamente pequenos que, sustentados por alguns cabos de aço, nos poupam o trabalho de subir as escadas até chegar em casa.

Durante uma “viagem” de elevador, você fica ali, paradinho, conversando sobre o tempo com qualquer outra pessoa que esteja presente, olhando para o visor que mostra quantos andares já ficaram para trás – ou melhor: para baixo. Quando você está no 10º andar significa que você está suspenso naquela caixa bizarra a, em média, 30 metros de altura. E se de repente, do nada, os cabos se arrebentam e o elevador cai? Como é que fica?

A intenção desse texto não é, de forma alguma, fazer com que você nunca mais entre em um elevador na vida, embora essa seja uma escolha mais saudável. Nós apenas achamos curioso que a galera do Live Science tenha feito um quase tutorial para explicar o que devemos fazer se o elevador despencar. Por via das dúvidas, vale ler estas dicas – e bater três vezes na madeira.

Por que parou, parou por quê?

A gente vai acabar criando certo pânico com este texto, mas, acreditem: não é a intenção. A verdade é que elevadores, principalmente os mais modernos, são seguros. A maioria dos acidentes envolvendo quedas de elevadores acontece em construções, geralmente vitimando trabalhadores de manutenção – fica o alerta, então, para esses profissionais: quanto mais segurança, melhor.

Outros acidentes mais comuns são com pessoas que caem nos eixos – sempre bom olhar se o elevador está ali antes de entrar – e com aquelas que são esmagadas pelas portas quando o elevador para com desnível.

Felizmente os equipamentos mais modernos contam com dispositivos de segurança para evitar acidentes fatais. No caso dos elevadores de tração, que são aqueles operados para erguer cargas maiores como automóveis, a segurança extra é garantida graças a um sensor que percebe se um dos objetos levantados está caindo para o lado e desiquilibrando a estrutura inteira.

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Já os elevadores hidráulicos não são tão seguros quanto os de tração – ou, pelo menos, não têm os mesmos dispositivos de segurança. Ainda que sejam máquinas programadas para não falhar, se caírem os resultados serão bem mais catastróficos do que seriam em elevadores de tração.

Aí você deve estar se perguntando por que é que não se faz elevadores de tração para uso doméstico, e a resposta para isso é que os elevadores de tração funcionam bem em alturas de até seis andares. Então, se um dia você despencar de um elevador comum, do tipo hidráulico, você vai cair a uma velocidade de até 85 km/h.

O elevador está caindo, e agora?

Digamos que, por algum azar do destino, em vez de ganhar na loteria sua sorte apontou para um elevador em queda livre. É aquela coisa meio “a morte da girafa”: você se desespera, mas depois aceita. Só que esse processo precisa ser muito mais rápido aqui, então você vai precisar fazer de tudo para não entrar em pânico.

Há quem diga que dar um pulo antes do impacto final vai diminuir a velocidade e, consequentemente, o estrago, mas isso não é a melhor tática. Em um elevador em queda livre, por favor, não pule.

Outra tática popular é a de se abaixar e ficar com os joelhos dobrados, também com a intenção de diminuir o impacto. Teoricamente, essa é uma abordagem boa, principalmente se você estivesse em baixa velocidade. A questão é: como já falamos, você estará em queda a quase 90 km/h, e essa tática, no final das contas, seria ótima para quebrar vários ossos do seu corpo.

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Esqueça as duas alternativas acima – nós comentamos sobre elas só para que você não as escolha mesmo. A melhor tática em uma situação como essas é deitar-se ao chão e tentar cobrir a cabeça contra possíveis detritos. Nessa posição a força do impacto vai se espalhar pelo seu corpo e diminuir. Além disso, sua coluna vertebral estará mais protegida contra o esmagamento.

Essa tática, apesar de ser a mais recomendada, ainda tem alguns probleminhas. Ainda que o impacto diminua, ele não deixará de existir, e as partes mais molengas do seu corpo, como sua pele, seu cérebro e os outros órgãos internos, vão sofrer as consequências.

Além disso, se houver a produção de muitos detritos durante a queda, não importa que seu corpo sofra menos impacto: coisas pesadas cairão sobre você e talvez sua vida acabe dessa forma: esmagada. Outro probleminha: como você estará em queda livre, haverá uma força puxando seu corpo para baixo, o que não vai ser muito confortável, e você precisaria encontrar uma forma de não ficar quicando.

História de sucesso

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A gente sabe que, até o momento, não há muita esperança. Ainda assim, em caso de queda, deite, proteja sua cabeça e espere pelo melhor. Felizmente, acidentes desse tipo são improváveis, ainda que aconteçam de vez em quando.

Você já ouviu falar da história de Betty Lou Oliver? Ela faz parte do Guinness Book por ter sobrevivido a uma queda de elevador de uma altura de 75 andares, no Empire State Building. Isso mesmo: 75 andares! E olha que o acidente foi em 1945, quando os elevadores eram bem menos modernos. Quer saber o que ela fez? Deitou-se ao chão.

Para a sorte dela, o fundo do vão do elevador tinha um material feito justamente para amortecer a caixa em caso de queda. Por causa disso, alguns prédios em todo o mundo já adotaram a tática – ufa!

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