Estilo de vida
06/04/2017 às 03:00•3 min de leitura
Você é do tipo que não consegue viver sem complementar os seus pratos — sejam eles mais elaborados ou de fast-food mesmo — com uma boa dose de ketchup? Pois você sabia que, além de saboroso, esse popular condimento faz bem para a saúde, pode ser usado como embelezador dos cabelos e até já foi receitado no passado para curar a gripe? Não? Então, prepare-se para conferir essas e outras curiosidades sobre o ketchup:
Ketchup de cogumelos
Sabia que as primeiras versões do ketchup nem eram feitas com tomates? Os primeiros molhos costumavam ser produzidos com outros ingredientes, como nozes, ostras, cebolinha, limões, cogumelos e anchovas. Aliás, ainda existem opções à venda pelo mundo que são feitas à base de cenouras, manga, bananas, peras, maçãs, ameixas, mostarda e até raiz-forte!
Em meados do século 19, um médico norte-americano chamado John Cook Bennett — presidente do departamento de medicina da Universidade de Willoughby, em Ohio — considerava o ketchup como um santo remédio para curar males como indigestão, diarreia e icterícia.
Seguro das propriedades do produto, Bennett procurou Archibald Miles, que já comercializava um medicamento de sucesso, e o convenceu a lançar pílulas de extrato de tomate. O remédio logo ficou famoso e várias fórmulas concorrentes começaram a surgir no mercado, inclusive garantindo a cura de outras doenças, como o reumatismo, dores de cabeça e até gripe.
Entretanto, muitas das pílulas eram fraudulentas, pois, além de não contarem com tomates em sua formulação, eram, na verdade, feitas com laxantes. Assim, como muitos dos doentes interessados em tratar seus resfriados não queriam sofrer com seus intestinos, os remedinhos acabaram ganhando má fama e a venda entrou em colapso cerca de cinco anos após o lançamento da novidade.
Apesar do fracasso com as pílulas de ketchup, a verdade é que o produto realmente tem propriedades medicinais. Graças aos tomates presentes na receita, o molho é rico em uma substância chamada licopeno que, além de ser o composto responsável pela cor vermelha dos frutos, é um importante antioxidante capaz de inibir inflamações e danos celulares provocados pelos radicais livres.
O mais interessante é que o nosso organismo absorve melhor as propriedades de tomates que foram cozidos do que dos crus, sem falar que os frutos cozidos também contam com níveis de licopeno mais altos. Assim, alguns estudos apontaram que o ketchup — ou os tomates presentes nele — pode ajudar a reduzir o risco de surgimento de alguns tipos de câncer, como o de próstata, mama, fígado, pulmões e pele.
E, assim como ocorreu no passado, hoje em dia também existem pílulas milagrosas — os suplementos de licopeno — que prometem aumentar a expectativa de vida, reduzir o risco de ataques cardíacos e derrames, combater a artrite, diminuir o colesterol, ajudar com o diabetes e manter a pele livre de rugas!
Além de fazer sucesso nos pratos dos amantes de fast-food, o ketchup pode ser empregado para limpar superfícies metálicas e até joias! O tomate e o vinagre presentes em sua composição tornam o molho ácido, portanto fazem dele um excelente e barato polidor.
O produto é capaz de remover manchas de objetos de cobre, prata, níquel, lata e aço, por exemplo. Assim, para limpar panelas, potes, talheres, lustres e até peças de carro, basta deixar o ketchup agir por 10 ou 15 minutos, esfregar a superfície com uma escovinha e, depois, enxaguar a peça com água.
Outra utilidade — inusitada, diga-se de passagem — para o ketchup é como embelezador dos cabelos. O produto pode ser usado para evitar que as madeixas louras fiquem esverdeadas por conta da ação do cloro das piscinas. Para isso, basta aplicar o molho sobre os fios, deixar secar e, depois, lavar normalmente com xampu. Além de eliminar o cloro, dizem que o ketchup deixa os cabelos macios e sedosos.
Bem, pelo menos o ketchup que sai daquelas tradicionais embalagens de vidro da marca Heinz! De acordo com a companhia, o molho se desloca a uma velocidade de 0,45 quilômetro por hora — ou cerca de 1,3 centímetro por segundo —, enquanto algumas espécies de tartaruga se movem a 0,8 quilômetro por hora em terra firme. Mas não pense que a “lentidão” do molho seja algo negativo.
Tanto que a companhia inclusive rejeita as amostras que não atendem o padrão de viscosidade, ou seja, as que deslizam pelas embalagens mais depressa do que os 0,45 quilômetro por hora estabelecidos. Mas, se a paciência não é uma de suas melhores virtudes, além das óbvias pancadinhas no fundo da embalagem, você pode acelerar o fluxo do ketchup com o uso de um canudinho.
Esse pequeno truque provoca um aumento no fluxo de ar no interior da embalagem, fazendo com que o ketchup deslize mais depressa. Apenas se certifique de que o canudinho é longo o suficiente para chegar quase até o fundo do vidro.
*Publicado em 30/7/2014
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