Artes/cultura
25/12/2018 às 14:00•2 min de leitura
A origem do queijo é muito incerta: enquanto alguns falam que ele foi criado por volta do ano 3.000 a.C., outros acreditam que ele pode ser muito mais antigo, datando de 8.000 a.C. Porém, uma coisa não mudou nesse tempo todo, que é o preparo básico desse alimento.
Para nós fabricarmos um queijo, basicamente necessitamos coalhar o leite, o que normalmente é feito através da sua acidificação com uma cultura bacteriana. Depois disso, uma enzima é inserida nessa mistura, transformando o leite em soro e coalhada. Essa enzima pode vir do estômago dos bezerros (ECA!) ou até mesmo ser produzida em laboratório.
O tipo de processamento, o tipo de enzima e o tempo de preparo são algumas das etapas que formam os diferentes tipos de queijos. Entretanto, normalmente não é possível armazenar esse tipo de produto por muito tempo – a gordura derrete e faz a maior lambança, principalmente no verão.
Se você consegue imaginar isso ao deixar uma fatia de queijo fora da geladeira em sua casa, imagina então como era isso no começo do século passado? O armazenamento era ainda mais complicado. Por isso, dois suíços vieram com uma ideia nova: sais de fusão. Derreter os queijos e misturar com esses sais criou um produto novo, capaz de resistir a altas temperaturas por muito mais tempos.
Criando os primeiros salginhos
Esse novo derivado tinha a vantagem de poder ser feito até mesmo com restos de queijos que sobravam nas máquinas de cortes. Ao pasteurizar esses produtos, as bactérias usadas no início de sua fabricação eram “inativadas”, dando uma vida mais longa ao produto. Isso fez muito sucesso com o exército norte-americano na Primeira Guerra Mundial.
Já na Segunda Guerra, era preciso armazenar muito mais comida – principalmente em navios. Assim, a maiorias dos alimentos passava por um processo de desidratação. Com isso, o queijo virava uma espécie de pó, impossível de ser reconstituído formato original, mas que era muito útil para dar sabor em alimentos cozidos ou assados.
Com o fim da guerra, inúmeros carregamentos do exército dessa “ração” de queijo seriam inutilizados. Pensando em reaproveitar o que era possível, as várias toneladas de pó de queijo foram revendidas a preços muito baixos para empresas alimentícias, que souberam reaproveitá-las muito bem.
Por fim, em 1948, a Frito Company colocou no mercado o primeiro salgadinho à base desse pó de queijo. Foi misturada farinha de milho com o laticínio desidratado, gerando a base dos diferentes tipos de cheetos que comemos hoje em dia. E você sabia que é difícil não amar o salgadinho?
Em um relacionamento sério com... Cheetos
*Publicado em 10/8/2015