Artes/cultura
23/07/2019 às 10:00•2 min de leitura
Você já deve ter ouvido que — teoricamente — nada é capaz de viajar mais rápido do que a velocidade da luz no vácuo, certo? Isso significa que, basicamente, nada pode ultrapassar os 299.792.458 metros por segundo ou (arredondando) os 300 mil km/s. Essa ideia foi proposta por Albert Einstein em sua Teoria da Relatividade, que se baseou em estudos anteriores de diversos cientistas para estabelecer que o limite de velocidade universal é o que a luz atinge quando se desloca pelo vazio do cosmos. Mas, você sabe a razão disso?
Quem responde a essa questão de uma maneira simples e descomplicada é o catedrático de Física Antonio Ruiz de Elvira, que conversou com o pessoal do El Mundo sobre o assunto. Segundo explicou, não é possível deslocar um objeto a uma velocidade superior à da luz porque, resumidamente, a única coisa capaz de mover uma partícula com massa é outra força que viaje a essa velocidade.
Zunindo pelo vácuo (BBC)
De acordo com Antonio, o problema é que o objeto “empurrado” acabaria ganhando massa quando submetido a grandes velocidades. E, considerando que o ganho aumentaria bastante conforme o corpo se aproximasse da velocidade da luz, em contrapartida, isso interferiria em sua capacidade de deslocamento. Sendo assim, nenhum corpo pode viajar mais depressa do que a força que o empurra adiante.
Na verdade, segundo o que prevê a Teoria da Relatividade, o aumento de massa aconteceria rapidamente conforme a velocidade do objeto se aproximasse à da luz. E, quanto mais próximo desse limite o corpo chegasse, considerando que o ganho de massa aumentaria infinitamente, seria necessária uma força — também — infinita para que o objeto alçasse a velocidade da luz.
Vale destacar que os cientistas acreditam ter observado raios cósmicos capazes de percorrer o vácuo a velocidades próximas à da luz — que são compostos por partículas subatômicas e, portanto, são matéria. No entanto, no que diz respeito a ultrapassar os 300 mil km/s, existem estudos aqui e ali apontando de que isso talvez seja possível sim, mas, de momento, nada foi comprovado experimentalmente ainda.