Artes/cultura
02/07/2013 às 09:48•2 min de leitura
Fonte da imagem: Reprodução/SnorgTees
Um dos grandes obstáculos na utilização de reatores nucleares para a produção de energia elétrica está no fato de que há muitos resíduos perigosos no processo. O enriquecimento de urânio, por exemplo, resulta na geração de plutônio, que continua emitindo radiação por milhares de anos — o que não é exatamente seguro para quase nenhuma espécie de seres vivos, como você deve imaginar.
Mas agora cientistas noruegueses estão com um projeto que pode revolucionar tudo o que sabemos a respeito da obtenção de energia elétrica por meio de reações nucleares. E isso acontece com a substituição do urânio por tório, em fusões frias que podem resultar em um combustível mais seguro e limpo — pois há menos produção de resíduos tóxicos e isso significa que há menos deposição de lixo radioativo.
Apesar de ser possível reciclar o urânio, isso gera custos bem altos para os países. Nos Estados Unidos, por exemplo, boa parte dos resíduos do urânio enriquecido é apenas levada aos reservatórios de lixo radioativo. Pouco seguro, o processo pode resultar em danos para as pessoas e para os outros seres vivos (animais, vegetais e águas próximas) em médio e longo prazo.
Antes que seja possível aplicar o sistema comercialmente, os pesquisadores noruegueses precisam realizar alguns testes de segurança e eficiência do sistema. Serão cinco anos de utilização de um reator de tório-MOX, para que uma análise completa deixe claro se é mesmo possível utilizar a nova tecnologia em um modo comercial ou se o projeto terá que ser abandonado.
Fonte da imagem: Reprodução/ExtremeTech
O tório é abundando e relativamente barato, mas ele não contém material de fissão suficiente para sustentar grandes reações em cadeia. Por isso, é preciso misturar o elemento com óxido de plutônio, o que torna todo o processo mais poderoso — a liga está sendo chamada de Tório-MOX. Além disso, trata-se de uma forma eficiente de reciclar o plutônio, que ficaria sem destino após o enriquecimento.
Significa sim! O nome do elemento foi escolhido para homenagear o deus do trovão, Thor — o mesmo que inspirou a criação do personagem da Marvel Comics. Coincidência ou não, os raios de Thor também são dotados de muita energia.
Via TecMundo