Golpe: mulher ganha US$ 400 mil 'adivinhando' atrasos de voos

19/06/2020 às 13:002 min de leitura

Uma mulher chinesa identificada apenas como Li, de 45 anos, foi presa na cidade de Nanjing na China por montar um esquema criminoso para ganhar dinheiro fácil. Ela contratava diversas apólices de seguro de viagem e acionava em seguida as seguradoras solicitando a cobertura de atraso de voo.

A fraude, realizada de 2015 a 2019, funcionava com a utilização de 20 diferentes identidades além da própria para contratar cerca de 900 apólices de seguro. No entanto, ao invés de embarcar nos voos, Li usava sua experiência profissional anterior em serviços de viagens para selecionar aqueles que ela supunha que iriam atrasar ou cancelar. Aí acionava as seguradoras.

Apesar de algumas pessoas julgarem que o esquema se tratava de uma mera aposta, algumas agências explicaram que a mulher fazia sofisticadas pesquisas antes de decidir os voos dos quais compraria passagens. Ela selecionava condições climáticas extremas que normalmente induzem a atrasos nas rotas e avaliações de usuários.

Segundo o periódico chinês The Paper, Li não apenas tinha plena consciência de que aquilo que fazia era ilegal, como fez tudo que estava ao seu alcance para esconder pistas da polícia, usando identidades de centenas de amigos e familiares.

Fonte: PexelsFonte: Pexels

A prisão da autora do crime

O que chamou a atenção das autoridades foi o alto valor das coberturas, uma vez que as 900 apólices de seguro viagem pagaram indenizações totais no valor de US$ 423 mil, o que equivale a R$ 2,3 milhões. A expressividade do montante ao longo de apenas quatro anos fez com que a polícia finalmente prendesse Li em abril deste ano.

Apesar de a reportagem não mencionar, um outro comportamento da chinesa pode ter levado à sua captura: o hábito recorrente de solicitar o reembolso do valor da passagem mesmo em voos que não registraram atrasos nem cancelamentos.

A prisão de Li, anunciada na última sexta-feira (12) foi descrita pela polícia chinesa da seguinte forma: "Autoridades revelaram que uma mulher de 45 anos falsificou informações relacionadas a atrasos de voos comerciais e conseguiu obter grandes quantias de dinheiro de seguradoras. Uma investigação está em andamento".

O jornal chinês informa que as peripécias de Li acabaram sendo úteis às companhias de seguro que puderam, após a revelação das fraudes, fechar algumas brechas que possibilitaram o sucesso do estelionato. As cláusulas gerais das apólices passaram a exigir, por exemplo, que os reclamantes comprovem a utilização efetiva dos voos.

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