Ciência
22/07/2021 às 03:00•2 min de leitura
Desde a invenção dos computadores, na primeira metade do século XX, os teclados se consolidaram como um dos periféricos mais importantes para as máquinas, e hoje são indispensáveis para quaisquer serviços de digitação, games e outras atividades. Porém, ao longo de várias décadas, a disposição de suas teclas sofreu algumas alterações e o que era para ser apresentado de forma alfabética acabou ganhando uma configuração aleatória por motivos curiosos.
Há pouco mais de um século e meio, com a origem das primeiras máquinas de escrever, as teclas eram dispostas de forma alfabética e essa organização tinha uma proposta de acelerar a digitação, já que os usuários sabiam exatamente onde apertar. Porém, com a melhoria das habilidades e a especialização dos trabalhos manuais, a escrita nesses teclados tornou-se significativamente rápida, algo que exigia um potencial que os componentes do teclado não conseguiam acompanhar.
Rapidamente, as fabricantes perceberam que a velocidade de digitação acabava emperrando os periféricos, causando um entrelaçamento nas peças mecânicas do teclado. Assim, a solução foi reorganizar as teclas e colocar as letras mais comuns em pontos de difícil acesso, com a intenção de diminuir o ritmo de digitação e evitar problemas na estrutura interna dos dispositivos.
(Fonte: Wikipedia / Reprodução)
Inicialmente, essa medida não impediu que novos problemas fossem registrados por usuários, mas acabou reduzindo as chances de falhas mecânicas, abrindo portas para uma revolução em layout que logo se consolidaria na indústria eletrônica. O processo de reconstrução do mapa de teclas durou aproximadamente cinco anos, mas Christopher Latham Sholes, através de iniciativas de tentativa e erro, deu à luz a sua invenção e apresentou oficialmente os teclados QWERTY, em 1873, vendendo a ideia para a popular marca norte-americana Remington and Sons.
Testes com máquinas experimentais mostraram que teclados QWERTY com designs atuais garantem digitações muito mais rápidas em comparação aos teclados alfabéticos, estimulando a alternância entre as mãos e a capacidade de dinamizar a escrita. Essa revolução, então, tornou-se padrão não apenas por aumentar a produtividade, mas também por evitar inconvenientes nas teclas.
Hoje, teclados físicos e digitais — em smarthphones, tablets e PCs — permitem a personalização de atalhos e o uso de ferramentas diversas, mas as letras continuam tendo como base o QWERTY e basicamente é impossível pensar em uma configuração mais usual, digamos assim.