Conheça a Dieta MIND, que promete proteger o cérebro das ações do envelhecimento

05/10/2024 às 21:002 min de leituraAtualizado em 05/10/2024 às 21:00

Há dietas de todos os tipos, destinadas para vários fins. Mas que tal seria uma dieta pensada para beneficiar o cérebro? Essa é a proposta da MIND, um regime de reeducação alimentar que, segundo evidências científicas, conseguiria ajudar a reduzir o risco de problemas cognitivos durante o envelhecimento.

Chamada de dieta Mediterranean-DASH Diet Intervention for Neurodegenerative Delay (MIND), ela combina dois regimes: a mediterrânea e a Dietary Approach to Stop Hypertension (DASH), que é focada na prevenção e no tratamento da hipertensão arterial.

O fundamento da dieta DASH

(Fonte: GettyImages / Reprodução)
Comer vegetais como espinafre e couve pode beneficiar o cérebro. (Fonte: GettyImages / Reprodução)

O princípio básico da dieta DASH é atuar direto no envelhecimento cerebral. Por isso, ela inclui alimentos ricos em certas vitaminas, como carotenoides e flavonoides, para proteger o cérebro ao reduzir o estresse oxidativo e a inflamação.

O cardápio inclui vegetais como espinafre e folhas de couve, bem como grãos integrais, azeite de oliva, aves, peixes, feijões e nozes. Entre as frutas, as vermelhas são as favoritas. Também é recomendado uma ou mais porções de peixe e duas ou mais porções de aves por semana.

Por outro lado, a MIND limita o consumo de carne vermelha e doces a quatro e cinco vezes por semana. Já o queijo, os alimentos fritos e a manteiga devem ser reduzidos ao mínimo.

Por que tratar o cérebro?

(Fonte: GettyImages / Reprodução)
Grãos e nozes favorecem o cérebro. (Fonte: GettyImages / Reprodução)

Os autores dessa dieta ressaltam a importância de enfrentar o envelhecimento do cérebro. "Com o número de pessoas com demência aumentando com o envelhecimento da população, é fundamental encontrar mudanças que possamos fazer para atrasar ou desacelerar o desenvolvimento de problemas cognitivos", afirmou Russell P. Sawyer, da Universidade de Cincinnati, em Ohio, que assina o artigo.

Para chegar às conclusões que levaram à dieta, Sawyer e demais autores recrutaram 14.145 pessoas com idade média de 64 anos — 70% delas eram brancas e 30% eram negras. Elas foram acompanhadas, em média, por 10 anos, tempo em que preenchiam um questionário que era usado para avaliar o quão próxima sua alimentação estava da dieta MIND.

Ao mesmo tempo, os pesquisadores avaliaram as habilidades de pensamento e memória no início e no final do estudo. Eles descobriram então que seguir um regime com os princípios da MIND acarretava em um menor risco de comprometimento cognitivo em participantes do sexo feminino, mas não em participantes do sexo masculino.

Os estudiosos também notaram que, entre quem seguiu a dieta MIND, os danos cognitivos da idade foram mais lentos. "Essas descobertas justificam estudos mais aprofundados, especialmente para examinar esses impactos variados entre homens e mulheres e pessoas negras e brancas, mas é emocionante considerar que as pessoas podem fazer algumas mudanças simples em sua dieta e potencialmente reduzir ou retardar seus riscos de problemas cognitivos", concluiu Sawyer.

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