Ciência
18/05/2024 às 18:00•2 min de leituraAtualizado em 18/05/2024 às 18:00
Um novo estudo publicado no Journal of Feline Medicine and Surgery examinou dados de quase 8 mil gatos de estimação no Reino Unido que faleceram entre janeiro de 2019 e março de 2021. O objetivo da pesquisa? Determinar quais são as raças de felinos que vivem por mais tempo e quais são aquelas que morrem "precocemente".
Segundo os dados obtidos pelos pesquisadores, a maior expectativa de vida média entre as raças comuns de gatos de estimação é dos gatos birmaneses. No outro lado da moeda, os gatos Sphynx — conhecidos por não terem pelos no corpo — morrem, em média, mais jovens que os demais.
Em comunicado oficial, o coautor do estudo e epidemiologista de animais de estimação do Royal Vetenirany College, Dan O'Neill, afirmou que "a principal motivação do estudo foi usar dados para capacitar as pessoas" para tomarem decisões sobre os cuidados de saúde dos seus gatos. Segundo o especialista, a expectativa média de vida de uma raça de gato pode ser uma métrica útil, mas não conta uma história completa.
Para entender melhor o panorama, os pesquisadores desenvolveram o que eles chamaram de "tabelas de vida", que estimam a expectativa média de vida restante dos gatos em qualquer idade — excluindo informações sobre gatos que morreram antes de atingir uma idade pré-determinada.
Os dados da pesquisa indicam que os gatos de estimação do Reino Unido tinham expectativa de vida média de 11,7 anos ao nascer. Além disso, gatos mestiços vivem cerca de 1,5 anos a mais do que gatos de raça pura. Entre a última classe, os gatos birmaneses tiveram a maior expectativa de vida, com uma média de 14,4 anos. Os gatos da raça Sphynx, por sua vez, vivem apenas uma média de 6,7 anos por apresentarem uma predisposição genética para problemas cardíacos e outras doenças.
Os pesquisadores envolvidos no estudo também ressaltaram que outros fatores contribuíram para a expectativa de vida dos gatos além das raças. Por exemplo, as gatas viveram em médio 1,3 ano a mais do que gatos machos, enquanto felinos esterilizados e castrados viveram 1,1 ano a mais do que aqueles que não fizeram qualquer tipo de procedimento do tipo.
Conforme explicado pelos especialistas, as preferências culturais também podem influenciar a expectativa de vida de um gato, como, por exemplo, se eles eram mantidos dentro de casa ou não. Porém, como essas preferências variam amplamente, elas são extremamente difíceis de quantificar. Isso se dá porque as clínicas veterinárias não registram com frequência se um gato sai de casa.
Na visão dos pesquisadores, as "tabelas de vida" dão aos donos de gatos e veterinários mais informações a serem consideradas ao tomar decisões importantes sobre adoções, tratamentos médicos ou casos de eutanásia.