Estilo de vida
10/03/2018 às 03:00•3 min de leitura
Os estudos a respeito da evolução humana são muitos e, de certa forma, bastante populares, já que a ideia de que “o homem veio do macaco” é bastante comum e dissipada, você gostando ou não das teorias de Darwin. E, mesmo que você seja como a Phoebe, de Friends, que simplesmente não acredita na Teoria da Evolução, você deve saber que a forma humana tem passado por mudanças com o passar do tempo.
O io9 analisou algumas dessas mudanças e suas causas. Confira a seguir alguns fatos curiosos que você talvez ainda não saiba a respeito da evolução:
Fonte da imagem: Reprodução/BBC
Apesar de estarmos acostumados a ouvir que o Homo sapiens começou a sair do continente africano há 80 mil anos, a verdade é que o Homo erectus já traçava seus caminhos em direção à Europa e à Ásia.
Quando os Homo sapiens saíram da África, já encontraram outros humanos que se pareciam com eles. Esses humanos eram, na verdade, descendentes de ancestrais Neandertais e também dos Homo erectus.
Fonte da imagem: Reprodução/g1
Entre os primatas, somos os menos desenvolvidos, geneticamente. O que define a diversidade genética de uma espécie é uma medida conhecida como “tamanho efetivo da população”, que nada mais é do que o indicativo de quantas pessoas são necessárias para criar uma população inteira com todas as variações genéticas.
Para humanos, esse índice é de 15 mil indivíduos, o que é considerado pequeno quando pensamos em uma população mundial de 7 bilhões de pessoas. O número fica ainda mais “estranho” quando sabemos que o índice para que camundongos tenham uma população geneticamente diversificada é de 733 mil.
Fonte da imagem: Reprodução/BBC
Essa informação não é muito nova, mas um estudo recente, feito com ossos de Neandertais, sugeriu que os genes deles foram os responsáveis por criar populações não africanas. Ou seja, quando os Cro-Magnons chegaram à Europa, à Ásia e ao Oriente Médio, eles provavelmente tiveram filhos com os Neandertais que já estavam nessas regiões.
Fonte da imagem: Reprodução/Wikipedia
Não se sabe ao certo o que houve, mas o fato é que o tamanho efetivo da população foi reduzido significativamente – explicamos sobre o “tamanho efetivo” no item de 2. Ou seja, nossa diversidade genética encolheu nesse período.
Algumas hipóteses que explicam esse fato incluem a Teoria da Catástrofe de Toba, que ilustra a redução do número de pessoas por causa de um acidente vulcânico, que teria varrido a população; além disso, há a hipótese de que a formação de híbridos entre seres de espécies diferentes seria capaz de contribuir para a redução do tamanho efetivo da população.
Fonte da imagem: Reprodução/Torange
A Austrália foi descoberta por humanos há 50 mil anos. Essas pessoas saíram da África e chegaram até lá com o uso de pequenas jangadas feitas com cana – essas mesmas estruturas de embarcação foram usadas para que os homens chegassem às Américas há 17 mil anos. Depois disso, essas estruturas foram usadas diversas vezes para que as pessoas navegassem para lugares diferentes e povoassem o mundo.
Fonte da imagem: Reprodução/Picstopin
Quando se pensa em História, é importante entender que a noção de tempo é bem diferente daquela com a qual estamos acostumados. Se cem anos para você é muito, historicamente isso não é nada; e é por isso que você deve entender que 50 mil anos pode ser um período “novo”.
O que conhecemos hoje como “cultura” não existia há 50 mil anos. Se nossos ancestrais já estavam por aí há mais de 1 milhão de anos, como explicamos no item 1, eles demoraram muito para começar a pensar em conceitos como arte, comunicação, ornamentação e ferramentas, por exemplo.
Fonte da imagem: Reprodução/Baddice
Desde cedo aprendemos que os Homo sapiens evoluíram depois de terem descoberto o fogo. Alguns estudiosos acreditam, porém, que o fogo já existia antes da chegada do Homo sapiens — afinal, não seria possível a sobrevivência e a evolução da espécie sem essa ferramenta mais do que essencial.
Fonte da imagem: Reprodução/Opera
Em um futuro distante é bem possível que todos nós sejamos estudados com olhos curiosos pelos humanos que virão, cada vez mais evoluídos. Enquanto você está aqui, lendo essas informações todas, alguns biólogos evolucionistas estudam áreas isoladas do genoma humano.
O que se sabe até o momento é que mutações genéticas se espalham rapidamente entre a população, e que muitas dessas mudanças têm relação com o tamanho do cérebro e com o desenvolvimento, enquanto outras estão ligadas à tolerância a certos tipos de alimentos e à resistência a algumas doenças.
No entanto, não se sabe se essas mudanças todas afetarão nossa inteligência – o que já é claro é que nosso cérebro vem diminuindo de tamanho com o passar do tempo.
*Publicado em 18/11/2013