Estilo de vida
19/12/2013 às 08:24•1 min de leitura
A Agência Espacial Europeia (ESA) acaba de dar o pontapé inicial em uma das missões espaciais mais ambiciosas da história, de acordo com a BBC. Gaia, um satélite-telescópio que promete conseguir os registros mais acurados da galáxia, acaba de ser levado ao espaço no foguete russo Soyuz a partir de um lançamento que aconteceu na manhã de hoje (19) na Guiana Francesa.
Nesse momento, o satélite se encaminha para o ponto de Lagrange 2 (ou L2), que é um ponto gravitacionalmente estável no espaço. Estima-se que Gaia alcance o L2 dentro de três semanas. Os responsáveis revelam que o satélite – que custou mais de dois bilhões de reais – deve ficar no espaço durante cinco anos.
“Os resultados do satélite Gaia vão revolucionar nosso entendimento do cosmos como nunca antes. Nós nem sabemos o quanto ainda não sabemos – certamente existem objetos que ainda não têm nome, já que não sabemos quão estranhos eles são”, revela Gerry Gilmore, da Universidade de Cambridge.
A ESA informa que, assim que chegar na posição desejada, Gaia vai começar sua missão de analisar um bilhão de estrelas localizadas nas redondezas da Terra. Como parte do censo galáctico, o telescópio vai coletar informações sobre a distância, a posição e as características das estrelas para que seja possível criar o mapa tridimensional da Via Láctea mais preciso que já existiu.
Ainda, Gaia vai utilizar sua câmera de mil megapixels para buscar planetas, asteroides e cometas além do Sistema Solar. De acordo com os cientistas, os sensores incorporados no equipamento foram projetados para detectar objetos tão translúcidos que o olho humano precisaria ser cerca de 4 mil vezes mais potente para conseguir enxergar.
“Essa precisão é equivalente a medir um botão na Lua visto da Terra. Isso significa que precisamos dos computadores mais potentes para analisar as informações”, explica Floor van Leeuwen, administrador do processamento de dados de Gaia.