Artes/cultura
24/06/2014 às 13:04•3 min de leitura
A engenharia necessária para colocar três caras em um foguete e disparar para a Lua foi um passo tímido do impossível, mas a NASA conseguiu. Dois anos depois, os astronautas já brincavam de jogar golfe em solo lunar. Desde então, a tecnologia espacial se desenvolveu e hoje se planeja até uma colônia em Marte.
Além de tudo isso, os astronautas atuais contam com a Estação Espacial Internacional (EEI) para o apoio das missões e para experiências com pouca gravidade — lembrando que lá a gravidade não é zero, apenas o efeito, pois a Estação encontra-se num estado de “queda constante” ocasionado pela força centrípeta a que está sujeita.
Esse é apenas um dos muitos aspectos da Estação Espacial Internacional. Você já teve a oportunidade de ver aqui no Mega Curioso alguns fatos sobre o cotidiano nesse ambiente. Agora você pode conferir mais alguns logo abaixo.
É difícil mensurar em fotografias do espaço o tamanho de certos objetos ou corpos celestes. Para efeitos de comparação, por exemplo, se a Terra fosse do tamanho de uma bola de basquete, a Lua seria o tamanho de uma bola de tênis. A Estação Espacial Internacional tem cerca de 110 metros de comprimento, mais ou menos o tamanho do campo do estádio do Maracanã.
Não são apenas os computadores “terráqueos” que lidam com esse tipo de problema. Os computadores da Estação já foram infectados por vírus mais de uma vez. O primeiro relatado foi o famoso W32.Gammima.AG, que, segundo a Symantec, é um vírus que se espalhou, copiando-se para mídias removíveis. Ele também rouba senhas de vários jogos on-line.
No ano passado, a EEI abandonou o Windows e o Scientific Linux em favor do Linux Debian 6 para sua rede de computadores portáteis. Keith Chuvala, que administra Operações Espaciais de Computadores para a NASA, declarou na época: "Nós migramos as principais funções do Windows para o Linux porque precisávamos de um sistema operacional que fosse estável e mais seguro. Então, se for necessário corrigir, ajustar ou adaptar, nós podemos". Para garantir a estabilidade, eles planejam executar uma versão sempre anterior da mais recente do sistema operacional.
Se você pensa que a vida na Estação é só ficar flutuando nos ambientes com pouca gravidade, está muito enganado. A Estação tem um tráfego muito maior do que você poderia esperar. No dia nove de junho, a Progress M-21M partiu da estação, enquanto na semana seguinte a Cygnus CRS Orb-2 estava programada para chegar, sendo a sua segunda missão de reabastecimento desde o teste de acoplamento bem-sucedido no ano passado.
E o movimento não para. Atualmente, existem três naves “ancoradas” por lá: a Soyuz TMA-12M, a Progress M-23M e a Soyuz TMA-13M. A SpaceX tem uma missão de reabastecimento programada para agosto e uma nova equipe vai chegar em setembro. Você pode conferir o quadro de datas deste entra e sai de naves aqui nesse link.
Além de ser possível enxergar a Estação Espacial Internacional a olho nu (ela parece um avião em movimento lento), a NASA tem um serviço chamado Spot the Station, que permite que você se cadastre para receber mensagens de texto dizendo quando você deve procurar pela estação no céu e para qual direção olhar. Bacana, não é mesmo? Além disso, quando a equipe está de plantão, você pode assistir a uma transmissão ao vivo de vídeo interno da Estação através desse outro link.
A EEI é um laboratório de pesquisa em plena órbita. Os experimentos em andamento por lá incluem, entre muitos outros, a construção de robôs espaciais mais aperfeiçoados, estudar os efeitos do espaço no esperma, descobrir como os nossos ritmos circadianos são afetados pela ausência de um ciclo de 24 horas de luz e escuridão, testar a melhor forma de cultivar plantas em um ambiente de microgravidade e como construir uma internet espacial mais rápida. Bastante trabalho para os astronautas!
Sim, é verdade, não está nos planos que a Estação fique lá em cima por muito mais tempo. Mas ainda não está totalmente certo de que ela será retirada de órbita em 2020, como foi planejado originalmente. Testes de engenharia sugerem que o módulo Zarya (o primeiro e mais antigo da estação) e o Unity node (o primeiro componente norte-americano) estarão bons por pelo menos até 2028, ou seja, a estação pode ser viável por mais tempo.