Artes/cultura
07/05/2019 às 03:30•2 min de leitura
Há alguns anos, veículos de comunicação noticiaram que a Finlândia estuda uma proposta em que todos os cidadãos do país poderão receber um salário mínimo – estejam eles trabalhando ou não. Já pensou que maravilha? Você iria ganhar apenas para viver.
Afinal, trabalhar pode ser uma coisa bastante cansativa. Não importa se você tem o melhor emprego do mundo: uma hora ou outra você vai pensar que não é aquilo que você quer para sua vida, vai se sentir desmotivado ou pensará que suas ações são irrelevantes como um todo.
Isso sem contar, é claro, lugares em que a pressão te consome, o serviço é chato, a incerteza da economia cria medos e expectativas ruins ou até mesmo aqueles em que não há camaradagem com seus colegas de trabalho – é comum ouvir relatos de empregados que sentem que seus chefes ou companheiros tentam lhes passar a perna.
Como sobreviver a tantas dúvidas em sua cabeça? Como aguentar a pressão quando nada parece que vai mudar? O que fazer quando você pensa em jogar tudo para o alto e ficar em casa assistindo Sessão da Tarde? O professor Bernard Roth, da Universidade de Stanford, nos EUA, escreveu um livro intitulado “The Achievement Habit: Stop Wishing, Start Doing, and Take Command of Your Life”, ou, em tradução livre, “O Hábito da Conquista: Pare de Desejar, Comece a Fazer e Assuma o Controle da sua Vida”.
Na obra, Roth dá algumas dicas sobre como ficar motivado mesmo quando todas as razõespara isso parecem ter se extinguido. “Se você se demitir, o seu novo emprego provavelmente será semelhante ao que você deixou para trás”, explica o autor. Se você está se sentindo dessa maneira, anote 5 dicas para retomar os rumos de sua vida:
Roth explica que é comum nos sentirmos frustrados ao olhar para o nosso próprio umbigo. Ao nos colocarmos na posição do outro, podemos interpretar os problemas com duas óticas diferentes. “É preciso duas pessoas para dançar o tango. Quando você percebe que a outra também tem sentimentos, você pode mudar o seu relacionamento e como você segura a barra”, analisa.
Analise friamente o seu desejo: você realmente quer desistir? Você quer começar tudo do zero em outro lugar? Ou será que é possível achar uma solução onde você já está trabalhando, através de metas mais plausíveis? “Tentar fazer algo e realmente fazer algo são duas coisas diferentes”, explica o autor.
Quanto mais você se afunda em algum projeto ou trabalho, menos você consegue enxergá-lo com outros olhos. Quando você sentir que não existe solução para seus problemas, pense com calma em diferentes soluções para ele. A rotina te desgasta? Então procure novas formas de realizar o trabalho. “Algumas pessoas se sentem derrotadas e culpam os outros sem assumir a própria responsabilidade”, diz Roth.
A maioria das frustrações é extremamente egocêntrica. Bernard Roth diz que o que mais incomoda as pessoas são situações em que elas acham que o mundo inteiro está sobre elas. Aceite: não está. Quanto menos você centralizar os problemas e soluções apenas em você mesmo, melhor será a sua forma de encará-los.
Entenda que nada é perfeito. Nem mesmo o melhor dos empregos é perfeito. Quanto mais cedo você compreender isso, melhor será sua relação com o trabalho. Problemas existem em todos os lugares, então encare os desafios sem transformá-los em um bicho de sete cabeças.
*Publicado em 05/11/2015