Artes/cultura
17/08/2015 às 13:00•2 min de leitura
O Ensino Médio é um período complicado para muitos adolescentes. A nova escola, a mudança hormonal, os primeiros namoricos e a necessidade de fazer parte de uma panelinha são assuntos que atormentam muita gente nessa fase da vida.
Mas teve um rapazinho que soube se virar muito bem – tudo graça a um sobrenome de peso e a uma cara de pau sem tamanho. Essa história se inicia em 1998: Jonathan Taylor Spielberg tinha 14 anos e acabado de ingressar no Paul VI Catholic High School, na cidade de Fairfax, nos EUA.
Precoce, ele ia para o colégio em sua BMW com uma chamativa placa com as letras “SPLBERG” – e, na maioria das vezes, estacionava na vaga do diretor da instituição! Isso quando ia para a escola, é claro. Jonathan era um gazeteiro de marca maior. Quando confrontado pela coordenação quais seriam os motivos de tantas ausências, o aluno explicava que seu tio, nada mais nada menos que o diretor de cinema Steven Spielberg, necessitava de sua ajuda nos sets de filmagens.
Ser o sobrinho de um dos maiores ícones da sétima arte é algo que não deixava Jonathan passar despercebido. Só havia um pequeno problema: Steven Spielberg não tinha sobrinhos, apenas sobrinhas.
Jovem inventou uma história mirabolante para se tornar popular em um colégio norte-americano
Quando a escola começou a desconfiar das desculpas esfarrapadas de Jonathan, a direção da instituição conseguiu entrar em contato com o escritório de Steven Spielberg e descobriu que ele não tinha nenhum sobrinho homem.
Pressionado, Jonathan revelou a verdade: ele se chamava Anoushirvan Fahkran e tinha 27 anos! Ele era natural do Irã e sempre sonhara em cursar o Ensino Médio nos EUA. Em 1997, ele conseguiu mudar legalmente seu nome para Jonathan Taylor Spielberg e se matriculou no colégio.
Depois de preso, muitas outras barbaridades vieram à tona, como o acervo com pornografia infantil de meninos. A farsa custou caro para Anoushirvan. Ele foi acusado de diversos crimes, passou um tempo na cadeia e foi condenado a receber um tratamento mental! Também precisou cumprir 100 horas de serviço comunitário e se manter afastado de qualquer pessoa com menos de 18 anos. Ah, é claro que ele também foi expulso do colégio.
Isso aconteceu no começo dos anos 2000 e desde então Anoushirvan tenta vender os direitos da sua história para Hollywood. Entretanto, ele ainda não conseguiu. Mas vocês não acham que seria incrível se o próprio Steven Spielberg dirigisse esse filme? As comparações com a trama similar de “Prenda-me se for Capaz” seriam inevitáveis, mas eu assistiria ao filme. E você?