Como, exatamente, o Sol vai morrer — e destruir o nosso planeta no futuro?

23/09/2016 às 12:372 min de leitura

Se você curte as matérias sobre astronomia que nós do Mega Curioso postamos por aqui, então deve ter lido em mais de uma delas que em um futuro — muito — distante, quando o Sol evoluir para a fase de gigante vermelha, o nosso planeta se verá em sérios problemas, já que ele será completamente chamuscado pela estrela.

Entretanto, apesar de termos mencionado o destino que nos aguarda em várias ocasiões, nunca explicamos os pormenores desse infernal processo. O Sol, como você deve saber, “funciona” convertendo átomos de hidrogênio em hélio. Essas reações acontecem em seu núcleo — em uma taxa de 600 milhões de toneladas de hidrogênio por segundo!

Morte lenta

De acordo com Ali Sundermier, do portal Business Insider, um dia a nossa estrela vai acabar consumindo todo o seu hidrogênio e, quando isso acontecer, ela vai começar a morrer. Primeiro, conforme o núcleo do Sol for se tornando cada vez mais saturado pelos átomos de hélio, as reações de fusão nuclear passarão a acontecer mais depressa — resultando em uma maior liberação de energia para o espaço.

undefinedExpandindo e expandindo...

Na verdade, o brilho do Sol se torna 10% mais intenso para cada bilhão de anos que ele passa queimando hidrogênio e, apesar de isso parecer pouca coisa, esse incremento é incrivelmente perigoso para o nosso planeta. Pense que, dentro de 3,5 bilhões de anos, a nossa estrela se tornará quase 40% mais brilhante do que ela é hoje!

A previsão é de que, conforme o Sol passe a liberar mais energia, o aumento de calor resulte na evaporação dos oceanos aqui na Terra. Só que, em vez de escapar para o espaço, a água evaporada dos oceanos ficará presa na atmosfera, gerando um intenso efeito estufa — que evitará que o calor se dissipe.

undefinedCoitadinha da Terra

Então, o aumento das temperaturas acelerará ainda mais o processo de evaporação — e não só nos oceanos, mas em toda a superfície e, com o tempo, inclusive a que exista na atmosfera na forma de vapor. A Terra, que hoje é um mundo azul e repleto de vida, se transformará em um planeta completamente árido, insuportavelmente quente e estéril, como Vênus. E isso não é tudo...

Fim inevitável

Depois que o Sol queimar todo o hidrogênio e começar a consumir o hélio, ele entrará oficialmente na fase de gigante vermelha. Quando isso acontecer, a nossa estrela passará perto de 1 bilhão de anos queimando o hélio presente em seu núcleo e se expandido. E, à medida que a expansão continuar, sua massa começará a diminuir, resultando em uma menor força gravitacional para manter os planetas do Sistema Solar “ancorados” em suas órbitas.

undefinedUns terão mais sorte que outros

Nessa fase de gigante vermelha, a atmosfera da nossa estrela se estenderá até a órbita de Marte, mais ou menos — engolindo Mercúrio e Vênus e torrando a Terra. Só que, como o Planeta Vermelho terá se deslocado por conta da (agora) menor gravidade do Sol, ele possivelmente escapará de ser chamuscado.

undefinedAté que, finalmente, ele morrerá

Após a fase de gigante vermelha, o Sol, eventualmente, evoluirá à de anã branca e, então, a previsão é de que ele se torne instável e comece a pulsar. O problema é que, com cada pulso, a nossa estrela perderá camadas de sua atmosfera até que apenas reste um núcleo pesado e frio envolto por uma nébula — e ele desapareça gradualmente na imensidão do Universo.

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