Surpreenda-se com a visão de um arquiteto de 1925 sobre a Cidade do Futuro

26/08/2015 às 06:122 min de leitura

Você já deve ter lido matérias sobre como o futuro era imaginado há décadas — se você não viu ainda, clique neste link, neste e neste também para ver alguns exemplos! Na maioria das vezes, as pessoas idealizavam cidades com carros voadores rivalizando o espaço aéreo com aeronaves, edifícios ultramodernos, vias suspensas, engenhocas mirabolantes etc.

Entretanto, alguns pensadores acertaram em cheio sobre como viveríamos hoje em dia — e inclusive propuseram ideias que deveriam ser adotadas. Um desses caras foi Harvey W. Corbett que, em 1925, era presidente da Architectural League of New York e fez uma série de previsões interessantes (e precisas) de como seria a Cidade do Futuro.

Soluções interessantes

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De acordo com Charlie Sorrel, do portal Fast Company, a visão de Corbett foi apresentada com ilustrações feitas à mão por ele em um artigo da revista Popular Science, e muitas das ideias se tornaram — e outras tantas deveriam se tornar — realidade. Segundo Sorrel, na época prevalecia a ideia de que as grandes cidades sofreriam uma forte descentralização.

No entanto, Corbett era contrário a esse prognóstico e insistia que os grandes centros cresceriam e se tornariam gradativamente mais populosos. Por isso, os arquitetos deveriam focar em criar soluções para o aumento da população e do tráfego.

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Em seus projetos, Corbett transfere as ruas para o subsolo e cria um sistema com diversos níveis conectados por meio de rampas no qual o nível mais profundo corresponde às vias de circulação em maior velocidade. Além disso, Corbett também imagina uma rede de tubos para transporte e entrega de mercadorias — o que seria muito útil hoje em dia com a popularização das compras online.

Foco humano

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Nos projetos de Corbett, os estacionamentos também ficariam “escondidos” sob o solo, e a população poderia circular por uma superfície livre de veículos. Tudo isso funcionaria com um vasto sistema de metrô. Na época, a cidade de Nova York já contava com trens subterrâneos, mas a rede imaginada pelo arquiteto só começou a tomar forma 15 anos depois de sua previsão.

Outra previsão que se concretizou foram os trevos que permitem a interligação entre as vias urbanas e as rodovias, com rampas, níveis e cruzamentos. No entanto, o mais interessante é que a população vem em primeiro lugar nos projetos, já que a superfície da cidade se transforma em um espaço dedicado à circulação de pedestres e ciclistas, e o acesso ao sistema subterrâneo de transporte é feito por escadas rolantes.

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Além disso, segundo Sorrel, Corbett acerta com a ideia de arranha-céus de uso misto — concentrando escritórios, restaurantes, apartamentos residenciais, espaços para o aprendizado e o lazer etc. — que vemos hoje em várias cidades. Mas o arquiteto propõe algo melhor: esses edifícios seriam construídos em todas as quadras, fazendo com que as zonas comerciais que atualmente ficam desertas à noite ou aos finais de semana deixem de existir.

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