Ciência
26/11/2012 às 07:49•2 min de leitura
Representação tridimensional da futura Torre do Sol (Fonte da imagem: Johanna DeBiase/CNET)
Durante alguns séculos, a humanidade vem erguendo monumentos em pontos onde acreditam passar a imaginária Linha do Equador, ou seja, a exata metade do planeta Terra, que separa o nosso mundo em dois hemisférios: Norte e Sul. Até o momento, esses pontos vêm sendo contestados frequentemente por tecnologias cada vez mais apuradas, deixando para trás uma série de marcos que, apesar de incorretos, continuam a ser visitados por turistas do mundo todo.
Com o atual marco oficial estando a algumas centenas de metros de distância da posição correta da Linha do Equador, guias turísticos recomendam uma visita ao monumento “oficial” (e incorreto) para tirar fotos, mas depois aconselham seguir até o pequeno “Museo de Sitio Intinan”, que está mais próximo da verdadeira metade da Terra.
Mas também não há consenso se a localização do museu é a mais correta. Há quem diga, por exemplo, que a linha passa pela rua em que o prédio foi construído, e não por cima dele. Basicamente, tudo depende do dispositivo móvel e do software de localização que o turista está usando para medir o ponto certo.
Agora, o governo da província de Pichincha, que mantém o monumento “Mitad del Mundo”, propõe a construção de um novo ponto turístico que marque, com precisão, a metade da Terra. A “Torre do Sol”, como vem sendo chamada, terá quase o dobro da altura do Burj Khalifa, edifício mais alto do mundo e situado em Dubai.
Atual monumento da Linha do Equador, em San Antonio de Pichincha (Fonte da imagem: Wikipedia)
A metade inferior da torre abrigará museus e pontos de observação, com a possibilidade de que os visitantes alcancem a altura de 4,8 mil metros acima do nível do mar, com a ajuda de um elevador pressurizado. Para comparar, o Pico da Neblina, que detém o título de ponto mais alto do Brasil, possui 2.993,78 metros acima do nível do mar.
No total, o projeto custará cerca de US$ 200 milhões (R$ 415,4 milhões) e, atualmente, os responsáveis pelo projeto conversam com investidores dos Estados Unidos, Qatar e outros países para a viabilização da torre. Se tudo der certo, as construções começam em 2014. Só vamos torcer para que, desta vez, o monumento esteja no local correto.