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15/06/2019 às 09:00•4 min de leitura
Os serial killers mais famosos do mundo já apareceram aqui no Mega Curioso. Mas só porque essas pessoas ficaram conhecidas internacionalmente, isso não significa que foram elas que cometeram o maior número de assassinatos de que se tem notícia.
Se matar uma pessoa já é frio e cruel o suficiente, o que dizer de alguém que é capaz de matar dezenas, ou melhor, centenas de pessoas? É quase inacreditável, mas, juntos, os sete assassinos seriais que aparecem nesta lista foram capazes de tirar a vida de mais de 2500 crianças e adultos.
Abaixo você confere um pouco da história dos serial killers mais prolíficos de que se tem registro, o tipo de vítima que eles escolhiam e como eles, que tiraram tantas vidas, acabaram morrendo.
Estimativa de assassinatos: 140 vítimas
Luis Garavito é um serial killer colombiano que agiu entre 1992 e 1998 e ficou mais conhecido no país como “Le Bestia”. Ele agia convencendo crianças pobres do interior a acompanhá-lo até campos isolados onde as matava. Depois, o assassino sustentava os corpos e interagia com eles até ficar entediado e encontrar novas vítimas.
Garavito foi capturado em abril de 1999 enquanto tentava sequestrar uma criança. Ele admitiu ter cometido 140 assassinatos e levou a polícia até diversas valas comuns onde estavam os corpos. O criminoso foi sentenciado a 22 anos de prisão, que ele ainda cumpre na Colômbia.
Estimativa de assassinatos: 200 vítimas
Donald Gaskins escolhia suas vítimas ao acaso enquanto dirigia por estradas no sul dos Estados Unidos. Ele também escolhia alguns conhecidos, mas apenas quando tinha um motivo específico para tirar a vida dos mais próximos. Esse tipo de comportamento lhe garantiu o título de “Homem Mais Malvado da América”.
Em 4 de dezembro de 1975, o serial killer levou a polícia a um dos locais onde enterrava suas vítimas e foi preso no mesmo instante. Gaskins foi condenado à morte, mas sua sentença foi trocada para prisão perpétua quando o estado da Carolina do Sul aboliu a pena de morte. No entanto, depois de matar um companheiro de cela, o assassino foi colocado no corredor da morte e acabou sendo executado em 6 de setembro de 1991.
Estimativa de assassinatos: 230 vítimas
Herman Webster Mudgett escolheu o codinome H. H. Holmes para colocar suas atividades ilegais em prática. Com esse nome, ele comprou uma propriedade em Chicago e construiu um hotel. Mas não se tratava de um hotel qualquer! Os quartos foram construídos para ficarem hermeticamente fechados enquanto eram cheios com gás letal. Existiam calhas feitas especialmente para desovar os corpos diretamente em uma fornalha ou em poços de ácido clorídrico. Ainda, o “empresário” demitia seus funcionários após duas semanas para que não fosse preciso pagá-los.
Todo esse cenário de terror funcionou durante a Feira Mundial de Chicago, que aconteceu em 1893 e atraiu muitos visitantes e vítimas em potencial. Em 1895, um dos esquemas ilegais de Holmes foi descoberto, resultando na sua prisão e em uma investigação policial. Ao checar o hotel, as autoridades encontraram corpos desmembrados. Foi possível confirmar apenas 27 mortes, mas através do registro de pessoas desaparecidas, a polícia atribuiu 230 assassinatos à Holmes, que foi enforcado no dia 7 de maio de 1896.
Estimativa de assassinatos: 284 vítimas
Harold Shipman era um médico inglês que administrava doses letais de morfina ou heroína para seus pacientes. Sem consentimento, o profissional dava drogas a pacientes saudáveis e forjava laudos que afirmavam que a pessoa estava doente. Na maior parte dos casos, o médico não obtinha qualquer benefício ao drogar seus pacientes. Houve apenas um caso em que Shipman recebeu dinheiro em nome de alguém.
Como sua prática médica levava a muitas mortes, o médico legista local desconfiou do profissional e deu início a uma investigação. Tal investigação foi abandonada por falta de evidências, mas após mais algumas mortes suspeitas, Shipman acabou preso. O médico foi julgado e precisou responder por 15 processos de homicídio. Depois de ser considerado culpado, Shipman recebeu 15 sentenças de prisão perpétua, mas cometeu suicídio em sua cela no dia 13 de janeiro de 2004.
Estimativa de assassinatos: mais de 300 vítimas
Pedro Lopez ficou conhecido como o “Monstro dos Andes” por atacar garotas no Peru, no Equador e na Colômbia. O criminoso estuprava, assassinava suas vítimas e enterrava os corpos em toda a zona rural. Uma enchente revelou o corpo de uma das vítimas em 1980 e foi então que as investigações tiveram início. Lopez foi preso depois que uma tentativa de sequestro deu errado e sua ligação com os assassinatos foi feita logo em seguida.
O “Monstro dos Andes” confessou a série de assassinatos que havia cometido e assim a polícia descobriu ainda mais corpos. Por ter cooperado com a investigação, Lopez teve sua pena reduzida para apenas 16 anos e seu bom comportamento na prisão ainda lhe garantiu um desconto de mais dois anos. O criminoso foi liberado em 1998 e seu paradeiro é desconhecido.
Estimativa de assassinatos: mais de 600 vítimas
Elizabeth Bathory era uma condessa Húngara que viveu no século 16. Seu marido foi assassinado na Guerra dos Treze Anos, deixando a esposa no comando das posses da família. Durante seu reinado, muitas jovens começaram a desaparecer. A resposta para esse mistério era que Bathory e suas empregadas mantinham as meninas presas, torturando e eventualmente matando as jovens.
Os padres das paróquias da região começaram a reclamar das atitudes da condessa na corte, o que levou a uma investigação. Ao entrarem em seu castelo, as autoridades localizaram muitos corpos e garotas que estavam prestes a morrer. Por fazer parte da realeza, Bathory nunca foi julgada, mas suas empregadas não escaparam da justiça e acabaram morrendo na fogueira. A condessa, por sua vez, ficou confinada em um dos cômodos de seu castelo, com a porta fechada com cimento e apenas uma abertura para passar comida. Bathory morreu quatro anos depois, em 1614.
Estimativa de assassinatos: 931 vítimas
Na história da Índia, mais especificamente entre os anos de 1790 e 1830, existiu uma fraternidade secreta conhecida como Thugs (ou Thuggee Cult, em inglês). Behram era o líder do movimento, que estima-se que tenha sido responsável pela morte de 50 mil a 2 milhões de pessoas. Eles eram uma organização de ladrões que faziam amizade com viajantes antes de saqueá-los e assassiná-los. Os membros da gangue acreditavam que cada pessoa que eles matavam impedia a vinda da deusa Kali por mais um milênio.
Como líder do grupo, Thug Behram assumiu seu envolvimento em mais de 900 assassinatos e admitiu ter estrangulado pelo menos 125 pessoas. Na década de 1830, o governo britânico criou medidas para evitar a ação dos thugs, o que resultou com o fim do movimento na década de 1870. Depois de capturado, Behram não foi julgado e se tornou um informante do governo.
*Publicado originalmente em 24/05/2014.