Artes/cultura
26/08/2019 às 06:00•3 min de leitura
Todo mundo sabe que os vampiros não existem, não é mesmo? No entanto, você já reparou na quantidade de notícias e histórias que circulam por aí relacionadas com essas criaturas das trevas sugadoras de sangue? Aliás, ultimamente parece que esses seres estão por todas as partes! São livros, games, filmes, seriados... tudo isso não faz você se perguntar se, na verdade, será que eles não existem mesmo?
Pensando nisso, decidimos reunir algumas pistas que poderiam servir de evidência para a existência de vampiros. Portanto, não deixe de se cercar com muitos dentes de alho, crucifixos, uma pitada de água benta, e confira os sinais a seguir:
Pode até ser que você não acredite em vampiros, mas no passado esses seres eram temidos de verdade e as pessoas faziam coisas bem malucas para garantir que eles não sairiam de seus caixões. E não faltam túmulos sinistros para provar como essa questão era levada a sério. No ano passado mesmo, arqueólogos búlgaros descobriram diversas tumbas medievais nas quais os ocupantes tinham estacas cravadas no corpo, assim como pernas e braços amarrados.
Outro exemplo foram sepulturas encontradas na Polônia cujos esqueletos tinham os crânios posicionados entre as pernas, prática comum para evitar que os mortos voltassem para aterrorizar os vivos. E essas não foram as únicas tumbas com ocupantes sinistros que já foram encontradas! Outros cemitérios medievais espalhados pela Europa também contém exemplares, e quase todos os anos um novo “ex-vampiro” é desenterrado.
Evidentemente, os pobres coitados que foram sepultados nessas condições — provavelmente — não eram vampiros. O problema é que a tuberculose era uma doença comum na Idade Média, e alguns de seus sintomas eram a palidez e a perda de peso, e na época os europeus acreditavam que os vampiros eram os responsáveis por espalhar o mal.
Embora Drácula seja apenas um personagem fictício, sua criação foi baseada em um homem real. Conhecido como “Vlad, o Empalador”, o malvado teria sido o responsável pela morte de mais de 100 mil pessoas — entre empalados e queimados vivos. Outro costume do perverso era convidar pessoas desavisadas para banquetes e, então, empalar todo mundo e saborear pedaços de pão molhados no sangue de suas vítimas. Meio vampiresco, você não acha?
Vlad recebeu o sobrenome Dracul — ou “Dragão” — de seu pai graças à sua afiliação a uma organização militar cristã chamada Ordem do Dragão. Portanto, ao contrário do personagem fictício, Vlad era um guerreiro que lutava por sua fé e não se abalava diante de crucifixos ou água benta. Ele foi morto pelos turcos no século 15 durante uma batalha, seu corpo foi decapitado e a cabeça ficou exposta em uma estaca a mando do sultão.
Como você sabe, os vampiros não envelhecem e têm alguns superpoderes. Pois estudos recentes apontaram que o segredo da longevidade pode estar no sangue... dos outros. Experimentos realizados com ratinhos apontaram que, depois de animais mais velhos receberem transfusões de bichinhos mais jovens, os ratos idosos apresentaram melhora na memória, no olfato e na força física. Essas características soam familiares?
Aparentemente, a responsável por esses efeitos é a proteína GDF11 presente no sangue dos ratos mais jovens e, em vez de incentivar que o nosso planeta seja povoado por vampiros, os pesquisadores esperam aplicar a descoberta para tratar condições relacionadas com a idade, como o Alzheimer, por exemplo.
Da turminha da saga “Crepúsculo”, passando pelo Drácula e outros vampiros famosos, todos já foram descritos uma com série de características comuns, como feições desfiguradas e comportamento violento. Pois a porfiria é um distúrbio genético que causa o acúmulo de pigmentos vermelhos e roxos no corpo, e pode provocar a deformação da pele e do rosto dos portadores.
A porfiria também pode desencadear problemas mentais que, por sua vez, podem fazer com que os doentes apresentem comportamento agressivo ou bizarro. Um personagem famoso portador da doença foi Rei George III da Inglaterra, que sofria de alucinações e ataques de ira frequentes, o que lhe rendeu o apelido de “Rei Louco”. Hoje muitos pesquisadores alegam que a porfiria foi uma das principais influências na criação do folclore associado com os vampiros.
Se você acha que “Vlad, o Empalador” foi um ser extremamente malévolo, então se prepare para conhecer sua versão feminina. Elizabeth Bathóry, de quem já falamos aqui no Mega Curioso, foi uma nobre húngara que ganhou o apelido de “Condessa Sangrenta” depois de torturar e assassinar um número estimado em mais de 650 pessoas. Em sua maioria, as vítimas eram moças jovens que ela contratava como criadas, mas... coitadas!
Durante anos, a nobre espancou, queimou e mutilou as jovens, e até deixou que algumas morressem congeladas no frio do inverno. Isso por que Bathóry já sabia o que os pesquisadores de hoje descobriram com os ratinhos — veja o item 3. A condessa acreditava que o sangue dos mais jovens a ajudariam a permanecer sempre jovem e, por isso, ela não só bebia como se banhava em seu sangue.
E aí, caro leitor, o que você achou da matéria sobre os sinais que indicam que os vampiros poderiam existir de verdade? Esperamos que tenha gostado dessa brincadeirinha que preparamos para você!