Ciência
27/09/2016 às 14:07•3 min de leitura
Localizada no cânion Apurimac, a 5 horas ao sul de Cusco, está a Keshwa Chaca, a única das 200 pontes de cordas dos incas que resistiu aos séculos. Ela é feita de fibras vegetais torcidas, que criam cabos tão grossos quanto um torso humano! A engenharia por trás dessas pontes incas é bastante superior, inclusive, à que os europeus tinham na época do descobrimento das Américas.
A Keshwa Chaca tem quase 30 metros de extensão e fica próxima à localidade de Huinchiri, no Peru. Apesar de ter uma aparência frágil, descobriu-se que ela pode suportar simultaneamente até 56 homens. Anualmente, ela é substituída por famílias da região que não querem deixar essa história acabar. A cerimônia abrange pessoas de quatro cidades vizinhas e dura três dias. A ponte de cordas velha é derrubada intencionalmente no cânion, para ser posteriormente reconstruída, em uma tradição que passa de geração para geração.
Ponte de cordas possui quase 30 metros de extensão e é refeita todos os anos
Este lago localizado no Parque Nacional de Morne Trois Pitons, na região sul da Dominica, não é nada propenso ao banho: suas águas podem chegar a até 90 graus Celsius, que podem resultar em queimaduras graves e até na morte se você se aventurar em dar um mergulho. A montanha Morne Watt é um estratovulcão que contém um lago com ligações diretas com o interior da Terra.
Por conta disso, as suas águas estão em constante ebulição. Vapores ferventes emanam de partes da montanha, que normalmente possui uma camada de névoa constante por conta da evaporação da água. Para chegar até o lago, entretanto, não é fácil: são 3 horas de caminhada em um terreno bastante acidentado.
Terreno irregular dificulta as visitas ao local
O homem às vezes dá uma forcinha para a natureza criar obras espetaculares. Esse é caso do Fly Ranch Geyser, localizado perto de Gerlach, em Nevada (EUA). Ele surgiu por acidente durante uma perfuração de poços, em 1916. Anos depois, na década de 1960, o gêiser começou a jorrar água quente das entranhas da terra.
Esse líquido é rico em minerais dissolvidos e bactérias. Ao longo dos anos, uma formação rochosa começou a se elevar do solo. Ela é multicolorida e tem vários pontos por onde a água aquecida jorra em bicas. Entretanto, o Fly Ranch Geyser fica em uma propriedade privada, e a visitação é proibida. Que pena!
As visitas são restritas a poucos dias do ano
O Deserto Branco está localizado a 40 quilômetros do famoso Oásis de Farafra, no Egito, e a 300 quilômetros do vale do rio Nilo. Ele contém formações que se assemelham a imensos cogumelos e até a uma galinha! Essas rochas de calcário são os restos do que estava no fundo do oceano, há 100 milhões de anos, durante o período Cretáceo.
O mar secou, e a erosão criou formas que carregam inúmeros fósseis marinhos de uma época bastante longínqua. Quem visita a região diz que a melhor maneira de aproveitar a paisagem esbranquiçada é no final do dia, quando o sol se põe e cria sombras maravilhosas. Por isso, se você estiver de passagem pelo Egito, tente programar um acampamento no Deserto Branco.
A maioria das formações lembram gigantes cogumelos, mas algumas também se assemelham a galinhas
No ano 2000, os trabalhadores da maior mina do México chegaram a um lugar que parecia de outro planeta: uma câmara repleta dos maiores cristais já encontrados! O tamanho desses cristais pode chegar a 12 metros de comprimento. Eles levaram 500 mil anos para serem formados, através da passagem de águas que chegavam a quase 60 graus Celsius.
Apesar da beleza incrível, o lugar é bastante perigoso aos humanos: a temperatura passa facilmente dos 50 graus Celsius, e a umidade acima dos 90% cria um ambiente sufocante. Sem contar, é claro, que o terreno é bastante acidentado e que os cristais menores possuem pontas bastante afiadas. Um traje especial é essencial para entrar na Caverna dos Cristais, e ninguém pode ficar lá mais do que 45 a 60 minutos por dia.
Caverna dos Cristais foi descoberta acidentalmente