Ciência
16/09/2011 às 16:11•3 min de leitura
Coroa de diamantes de Elizabeth Taylor. Fonte: christies.com
Quem nunca cobiçou um belo colar de diamantes na vitrine de uma joalheria que atire a primeira pedra. Os brilhantes despertam a fascinação das mulheres e se tornaram sinônimos de luxo, força e romantismo.
Formada há aproximadamente 3 bilhões de anos, essa pedra preciosa é um carbono puro cristalizado. Ela pode ser encontrada em qualquer lugar do mundo e é a mais resistente entre todas as gemas, sendo capaz de riscar todas as demais.
Entre os diamantes que são extraídos do ambiente hoje, 80% são utilizados pela indústria em perfuradoras de pequeno ou grande porte, enquanto o restante é destinado às joalherias. Mas isso não significa que todas as pedras viram joias. Para conseguir um quilate (ou 200 miligramas) de brilhantes de boa qualidade, é preciso coletar pelo menos 250 toneladas de minério.
Esse objeto de desejo da maioria das mulheres é encontrado principalmente nas áreas de continente, sempre em formato de duas pirâmides unidas pela base. Em seguida, ele passa pelo processo de lapidação, que tem o objetivo de conseguir uma melhor passagem de luz, simetria e polimento para as peças.
Conjunto de joias de Elizabeth Taylor.
Fonte: christies.comSó então ele chega às joalherias para encantar os olhos das compradoras. No entanto, é comum encontrar diamantes falsos no mercado. Por isso, quem pretende comprar uma joia de brilhantes precisa ficar atento. A recomendação é contratar um joalheiro de confiança para avaliar a peça antes da compra.
Porém, como o serviço é caro, nem todos podem recorrer ao luxo de incluir mais esse custo na compra. A boa notícia é que existem pequenos truques para descobrir se o brilhante é realmente verdadeiro sem a ajuda de qualquer ferramenta, apenas a olho nu.
Como identificar um diamante autêntico?
Depois de escolhida a joia que será comprada, é importante solicitar o Certificado de Garantia dos diamantes que estão nela. Essa é a forma mais confiável e fácil de conferir que a pedra é verdadeira, pois a certificação é emitida por organizações especializadas e de grande credibilidade.
O documento deve ser atestado por alguma das autoridades internacionais da área, como a Emological Institute of America ou a Jewellers Associations of Australia. Garantias assinadas por membros de sociedades profissionais, como a American Society of Appraisers, também são confiáveis.
No entanto, se o brilhante em questão não tiver o certificado, será preciso analisá-lo com mais profundidade. Existem quatro aspectos que precisam ser levados em consideração na hora da conferência, que são conhecidos como os quatro “Cs” dos diamantes: cut (lapidação), caract (peso medido em quilates), clarity (pureza) e color (cor). Se você conhecer um pouco sobre cada um deles, será difícil errar na aquisição.
Anel de Liz Taylor. Fonte: christies.comA lapidação é a característica que garante a passagem da luz pela pedra preciosa da forma mais perfeita possível. Hoje, o tipo mais encontrado é o brilhante, também conhecido como redondo. Nesse estilo, a peça tem 58 facetas. Na prática, essa propriedade poderá ajudar a conferir a veracidade da joia.
Caso o diamante não esteja montado na joia, vire-o com a ponta para cima e coloque-o sobre um jornal ou livro. Se for possível ler as letras através da pedra ou mesmo enxergar manchas pretas distorcidas, provavelmente ele não será verdadeiro. Porém, se o brilhante já estiver encaixado na peça, tente enxergar a sua ponta olhando através dele. Para que ele seja autêntico, ela não deve ser refletida com perfeição.
A lapidação também pode revelar outras características falsas. Por exemplo: o reflexo da pedra deve ser emitido em todas as direções, ou seja, não é apenas a parte de cima que deve brilhar, mas sim, todos os lados. Outro indício é a cor do reflexo: ele deve ser sempre em tons de cinza, nunca nas cores do arco-íris.
A segunda característica a ser observada é o peso que, no caso dos diamantes, é medido em quilates. Cada unidade desse tipo corresponde a 200 miligramas. Mas como em geral as joias utilizam pedras muito pequenas, seu tamanho é medido em pontos, em que cada quilate é equivalente a cem pontos. E quanto maior for o brilhante, mais caro ele será.
A pureza é outro aspecto que não deve ser deixado de lado. Seu grau é determinado a partir da avaliação do tamanho, natureza, posição e cor do brilhante, todos observados a partir de uma lente de aumento de dez vezes. Mas existe um jeito mais simples de verificar se o seu diamante é puro ou não.
Pulseira da coleção da atriz. Fonte: christies.com
O truque é colocar a pedra perto da boca e exalar nela. Se ela continuar embaçada por mais de 2 segundos, ela será falsa. Isso porque o verdadeiro brilhante secará antes mesmo de você conseguir olhar para ele.
Outra característica que facilita a análise da peça é a cor. Quanto mais transparente for o diamante, mais valioso ele será. Mas é claro que existem exceções. Versões rosa, amarelas, azuis, verdes, vermelhas e violetas são extremamente raras e, por isso, tendem a custar ainda mais.
Depois de constatar que a pedra que você vai comprar é realmente autêntica, não tire os olhos dela enquanto o joalheiro faz o embrulho. Assim, você terá certeza de que a joia que dá o toque de elegância a sua aparência é, de fato, verdadeira.