Estilo de vida
10/01/2014 às 08:00•1 min de leitura
Um cortezinho qualquer na ponta do dedo já é suficiente para que você sinta aquela dor incômoda, não é mesmo? O ideal a fazer, em casos não muito graves, é limpar o local e deixar a pele respirar até ficar tudo bem novamente.
O problema é que muita gente aprendeu que limpar uma ferida significa jogar álcool sobre ela e, a não ser que você seja a pessoa mais indiferente do mundo, álcool sobre o menor corte que seja já dói bastante. Arde. Queima. Faz você sentir como se alguém, de repente, resolvesse arrancar sua pele com uma lâmina fina.
Você nunca se perguntou por que isso ocorre? O fato é que a Ciência, como sempre, está aí para nos explicar até as coisas mais cotidianas, como o fato de sentirmos dor quando passamos álcool em uma ferida. Isso acontece graças a um receptor conhecido como VR1, presente nas células de nossa pele.
Fonte da imagem: Reprodução/londonmumsmagazine
A função do VR1 é alertar o cérebro quando o corpo está exposto a altas temperaturas – mesmo assim, se você parar para pensar, se derrubarmos álcool gelado, ainda haverá dor. O que explica o paradoxo é o fato de que, de acordo com novos estudos, o álcool tem uma reação diferente no VR1, afinal o etanol age diminuindo a temperatura até o limiar necessário para provocar uma resposta dos receptores cerebrais.
Cientistas acreditam que o etanol baixa tanto a temperatura dos receptores VR1 que a dor causada se dá por estímulos enviados do nosso próprio corpo em direção aos receptores VR1, que continuarão a enviar estímulos de dor ao cérebro.
Médicos não recomendam o uso de álcool e similares no tratamento caseiro de feridas, afinal, essa limpeza pode acabar matando células saudáveis. O ideal mesmo, em casos não graves, é lavar o local com água.