Artes/cultura
17/01/2017 às 08:01•1 min de leitura
A doença da vaca louca surgiu nos anos 80 e caiu na boca do povo. Mas você sabe o porquê do nome? A encefalopatia espongiforme bovina (EEB), como é cientificamente conhecida, é uma doença que acaba com o cérebro da pessoa afetada, transformando-o, como o nome científico indica, em uma espécie de esponja molhada.
Ao serem infectadas, as células cerebrais da pessoa morrem, o que cria buracos e atinge, inclusive, o sistema nervoso. Isso faz com que os doentes apresentem sintomas estranhos que fazem parecer que eles estão loucos – daí o nome.
Entre os sintomas mais comuns estão algumas alterações de personalidade, problemas psiquiátricos e falta de coordenação motora. À medida que a doença se agrava, os sinais ficam mais fortes e trazem outros sintomas, como a diminuição de memória, a deficiência mental grave e, por fim, a falta de capacidade de se movimentar e falar. O último estágio é a morte.
A doença da vaca louca é fatal por causa do príon: composto formado por diferentes proteínas capazes de interagir com o material genético do doente.
O príon é resultado de uma mutação genética das células nervosas, capaz de provocar a morte de neurônios saudáveis. Isso ocorre porque o conjunto de proteínas estranhas é capaz de interferir no trabalho de proteínas normais.
Mesmo não sendo um vírus, uma bactéria ou um fungo, o príon é um agente poderoso, e a sua presença acaba provocando pequenos furos na estrutura do cérebro e até mesmo na medula espinhal, afetando todo o sistema nervoso central.
Caso a carne do animal morto vire ração, é certo que o contágio acontecerá, e o mesmo vale para a ingestão da carne por pessoas em suas refeições. É assim, inclusive, que a doença chegou aos humanos lá na Inglaterra.
Em 1987, o governo britânico proibiu a ração animal feita com partes de outros animais e cinco anos depois o número de casos caiu drasticamente. Enquanto em 1993 havia mil casos novos por semana, em 2010 o número caiu para 11 durante todo o ano.