Estilo de vida
28/11/2012 às 11:04•2 min de leitura
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De acordo com a BBC, muita gente jura de pés juntos que a vacina contra a gripe, aquela que deveríamos tomar anualmente, sempre os deixa superdoentes ou, ainda, que a dose do ano anterior provocou a pior gripe de todos os tempos. Mas será que essa história é verdade?
Parte da desconfiança com relação à eficácia das campanhas de vacinação é resultado do tipo de vacina aplicada. Existem duas formas de imunização contra a gripe: uma injeção que contém uma forma ativa do vírus, e um spray nasal — atualmente aplicado nos EUA — que apresenta uma forma viva do vírus, mas em uma versão bem atenuada.
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Segundo a BBC, o spray nasal pode, de fato, provocar alguns efeitos colaterais, como coriza e dores de garganta. Contudo, um estudo realizado por pesquisadores norte-americanos para avaliar se a vacina na forma injetável também produzia efeitos similares aos do spray apontou que o principal problema descrito pelos participantes foi uma leve dor no local onde receberam a picada da agulha.
O estudo foi conduzido com 2 mil pessoas, e apenas metade delas recebeu uma dose real da vacina. Além do braço dolorido, os pesquisadores observaram que a ocorrência de efeitos colaterais, como dores pelo corpo e um pouco de febre, era bastante rara. Entretanto, quando esses sintomas apareciam, não se tratavam de casos reais de gripe.
Então, por que tanta gente acredita ficar com gripe logo depois de receber a dose? Na verdade, o sistema imunológico leva cerca de duas semanas para criar as defesas necessárias contra o vírus. Assim, como as campanhas normalmente ocorrem durante os períodos nos quais esses microrganismos estão circulando, as pessoas que afirmam terem ficado doentes podem, simplesmente, terem desenvolvido a doença antes ou logo após a imunização.
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Algumas pessoas acabam ficando gripadas mesmo depois de terem recebido a imunização e, ao contrário do que muitos acreditam, isso não se deve a uma maior susceptibilidade. Na verdade, o problema é a forma como as vacinas são produzidas. Segundo a BBC, todos os anos a Organização Mundial de Saúde seleciona três tipos de vírus que provavelmente causarão mais casos de gripe para produzir as vacinas.
Porém, apesar dessa escolha não ser feita ao acaso, existe a chance de que a imunização não seja completamente eficaz. Tanto que alguns estudos estimam que o índice de eficácia das vacinas seja de, na verdade, aproximadamente 60%.
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Algumas pessoas respondem à vacina melhor do que outras, e a faixa etária joga um papel muito importante nessa questão. Pessoas mais jovens respondem melhor do que as idosas, e também as idosas contam com um sistema imunológico menos eficiente. É por essa razão que se recomenda que esse grupo de indivíduos nunca deixe de tomar a vacina. O mesmo ocorre com as mulheres grávidas e crianças.
Além de todas as possibilidades descritas acima, muitas pessoas tendem a confundir os sintomas de um resfriado comum com os da gripe — ou simplesmente usam essa doença para descrever o mal que sentem. Porém, embora os resfriados também causem bastante desconforto e possam evoluir para quadros mais graves, eles são diferentes da gripe e são provocados por outros tipos de vírus.