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18/02/2017 às 03:00•2 min de leitura
Apesar de uma grande parcela dos calvos assumir sua “carequice” com cabeças raspadas e reluzentes, a verdade é que os que estão começando a perder os cabelos não estão muito felizes com essa situação, não! Aliás, existe uma indústria bilionária voltada a esse público, oferecendo opções de tratamento como loções milagrosas, implantes, sprays, perucas e medicamentos. Mas, por que, afinal, os fios caem?
O problema consiste em um afinamento e queda de cabelo provocada por uma combinação de fatores genéticos e hormonais e está diretamente relacionado com a testosterona — hormônio sexual masculino. Como as mulheres também produzem pequenas quantidades dessa substância, a calvície não é uma exclusividade masculina, e elas também estão sujeitas a ficar carecas.
Essa relação entre a queda dos fios e a ação da testosterona deu origem à ideia de que os carecas deviam, então, produzir maiores quantidades de hormônio masculino e que, portanto, seriam mais viris do que os cabeludos. Entretanto, teoricamente todos os homens — sejam eles calvos ou não — produzem a mesma quantidade dessa substância e, além disso, não é o nível de testosterona que provoca a calvície.
Fonte da imagem: shutterstock
Na verdade, o processo ocorre devido à interação entre a DHT — uma forma derivada da testosterona — e os receptores de andrógenos presentes nos folículos pilosos, o que provoca o enfraquecimento e a queda dos fios. Assim, quanto maior for a quantidade desses receptores, maior será essa interação e, evidentemente, mais intensa será a perda de cabelo, até que a produção de fios pelos folículos eventualmente deixa de ocorrer.
Além disso, a presença de uma grande quantidade de DHT circulando pelo organismo também não significa necessariamente que um indivíduo se tornará calvo. É necessário que esse excesso de receptores esteja presente no couro cabeludo. Sendo assim, até que o contrário seja comprovado cientificamente, essa história de que os carecas são mais machões do que os cabeludos não passa de um mito.
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