Ciência
07/03/2016 às 13:37•3 min de leitura
O primeiro Dia da Mulher foi celebrado há mais de 100 anos, quando cerca de 1,5 mil mulheres se uniram em uma manifestação pela igualdade econômica e política nos Estados Unidos, em maio de 1908. No ano seguinte, a data escolhida pelo Partido Socialista dos EUA foi 8 de fevereiro, com um novo protesto que, dessa vez, levou mais de 3 mil pessoas às ruas.
Durante a Primeira Guerra Mundial, no dia 8 de março de 1917, aproximadamente 90 mil operárias se levantaram contra as más condições de trabalho, a fome e a participação russa na guerra. O protesto, chamado de “Pão e Paz”, marcou no ano de 1921 a data que se tornaria o Dia Internacional da Mulher.
Porém, apenas em 1945 a ONU (Organização das Nações Unidas) assinou o acordo que afirmava os princípios de igualdade entre homens e mulheres.
Os anos se passaram, as mulheres conquistaram muito, entretanto é preciso mais! Confira agora 13 razões pelas quais precisamos do Dia Internacional da Mulher:
Entre os 83 países analisados pela ONU sobre a violência contra a mulher, o Brasil só perde para El Salvador, Colômbia, Guatemala e Rússia.
Segundo o Ministério da Saúde, a cada sete homicídios de mulheres, quatro foram praticados por pessoas que tinham relações íntimas de afeto com a vítima, mostrando que a violência doméstica e familiar é alta no país.
Na última década, as mortes violentas de mulheres negras passaram de 1.864 para 2.875 casos.
Segundo a ONU, cerca de 120 milhões de meninas já foram abusadas sexualmente e 133 milhões sofreram mutilação genital.
Apenas no Brasil, o “Ligue 180” recebeu mais de 179 relatos por dia sobre casos de violência contra a mulher.
A Central de Atendimento à Mulher registrou, de 2014 para 2015, um aumento de 145,5% nas denúncias de cárcere privado e 65,39% nos casos de estupro.
Segundo as informações da União Parlamentar, no mundo, 22,6% das mulheres estão no Poder Legislativo. No Brasil, esse número cai para 8,6%.
Atualmente, temos 9,9% das cadeiras na Câmara dos Deputados ocupadas por mulheres. No Senado Federal, são 12 mulheres para 69 homens.
A ONU alertou para o aumento do número de meninas sírias refugiadas na Jordânia que são obrigadas a se casar com homens bem mais velhos ainda na adolescência.
Na Índia, as famílias obrigam muitas mulheres a abortarem os bebês do sexo feminino. A China precisou revogar a política do filho único por causa do infanticídio de meninas recém-nascidas.
Apenas metade das mulheres em todo o mundo participa do mercado de trabalho e, desse total, apenas um quarto está no setor formal. A disparidade aumenta de acordo com o país: na Alemanha, uma mulher pode receber 49% menos e na Turquia, 75%.
Milhões de meninas entre 6 e 11 anos nunca vão aprender a ler ou escrever. O total, cerca de 16 milhões, é o dobro em comparação aos meninos.
Segundo a ONU, há uma exclusão de mulheres no setor científico.