Ciência
12/12/2024 às 00:00•2 min de leituraAtualizado em 12/12/2024 às 00:00
Imagine desembolsar US$ 44,6 milhões por um dinossauro? Foi exatamente isso que o bilionário Kenneth C. Griffin fez ao adquirir “Apex,” um esqueleto de estegossauro desenterrado no Colorado em 2022. Agora, o fóssil está em exposição no Museu Americano de História Natural, em Nova York, pronto para encantar cientistas e visitantes por quatro anos.
Com 3,5 metros de altura e 8,2 metros de comprimento, Apex impressiona não só pelo tamanho, mas também pela sua preservação: cerca de 80% do esqueleto original está intacto.
Além de ser um espetáculo visual, o fóssil promete responder a perguntas intrigantes sobre o metabolismo e o crescimento dos dinossauros, como conta Roger Benson, curador de Paleontologia do museu: "Ainda há muito a aprender sobre os estegossauros. Este é um momento emocionante para a ciência!", explica.
O estegossauro, conhecido pelas placas ósseas e cauda pontiaguda, é uma estrela entre os dinossauros, mas Apex oferece um novo patamar de estudos. Cientistas do museu vão realizar análises detalhadas, incluindo tomografias e amostras ósseas, para desvendar a espécie exata e a biologia desse gigante jurássico.
O fóssil, descoberto na Formação Morrison, uma área rica em fósseis do período Jurássico, é uma peça-chave para compreender o crescimento de dinossauros que iam de filhotes do tamanho de gatos a gigantes comparáveis a ônibus. E enquanto Apex está em exibição, uma bolsa de pesquisa financiada por Griffin permitirá três anos de investigações científicas exclusivas.
Apesar de todo o brilho, a compra de fósseis por colecionadores privados desperta preocupações. O caso de Stan, um Tyrannosaurus rex comprado por US$ 31,8 milhões em 2020 e “desaparecido” por dois anos, ilustra os riscos de perda científica quando fósseis entram no mercado privado.
Apex não é apenas o fóssil mais caro já vendido — é também um marco de colaboração entre ciência e colecionadores. Embora pertença a Griffin, o esqueleto está disponível para estudos e visitas públicas, uma vitória para paleontólogos e entusiastas.
O estegossauro divide espaço com recordes recentes: em 2024, um esqueleto de Apatosaurus de 21 metros foi leiloado por mais de US$ 6 milhões, provando que dinossauros continuam conquistando corações — e cheques.
Entre o glamour dos leilões e as descobertas científicas, Apex não é apenas um fóssil. É um lembrete de que os dinossauros continuam a fascinar, conectando nosso mundo moderno a um passado pré-histórico que ainda guarda muitos segredos.