Ciência
04/09/2019 às 11:05•2 min de leitura
Se você também é daqueles que acreditam que um homem sem barriga é um homem sem história, talvez essa seja a hora de repensar seus hábitos, pois dois pesquisadores americanos acabam de publicar um estudo que sugere que existe uma relação direta entre o tamanho da sua barriga e os riscos que você tem de morrer mais cedo do que espera.
Tudo começou quando, em 2012, o Dr. Nir Krakauer, que é professor de engenharia civil, e seu pai, o Dr. Jesse Krakauer, desenvolveram uma nova maneira de calcular os riscos de mortalidade associados com a obesidade abdominal. O índice ganhou o nome de “A Body Shape Index” (ABSI) e se mostrou mais efetivo do que o tradicional Índice de Massa Corporal (IMC) para prever o risco de doenças.
Gráfico compara os dados encontrados no HALS e no NHANES. Fonte da imagem: Reprodução/Plos One
Depois de analisar dados de milhares de adultos que participaram de grandes estudos, como o Health and Lifestyle Survey (HALS – Grã Bretanha, década de 1980) e o National Health and Nutrition Examination Survey (NHANES – Estados Unidos, 1999-2004), a dupla comparou os casos de mortalidade com o ABSI, o IMC e outros índices que relacionam o peso e as circunferências da cintura e do quadril.
Dessa maneira, eles descobriram que o ABSI servia como um importante indicador de mortalidade. Notou-se que as pessoas que ocupavam a faixa superior do ABSI apresentavam um índice de mortalidade 61% maior do que aqueles que estavam na base da tabela. Esses resultados serviram como comprovação da maior eficácia do uso do ABSI para prever os riscos de mortalidade prematura em diferentes populações em comparação com os demais números que costumam ser utilizados.
Fonte da imagem: Shutterstock
Agora, os pesquisadores seguem investigando se mudanças no estilo de vida ou outros tipos de intervenções poderiam reduzir o ABSI e contribuir para que as pessoas tenham uma vida mais longa. Se você quiser calcular o seu ABSI e saber como anda sua saúde, acesse aqui, insira suas informações e não deixe de consultar um especialista.