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06/04/2015 às 10:33•3 min de leitura
Se você é do tipo que se preocupa em seguir um estilo de vida saudável e tenta se manter sempre na linha, então você provavelmente reserva o consumo de doces para ocasiões especiais. Entretanto, apesar de o açúcar ser visto como um dos principais inimigos da balança — e da boa saúde —, ele não deve ser encarado como um completo vilão.
Além de ser uma importante fonte de energia, o açúcar contém substâncias que estimulam o cérebro a produzir a serotonina, um neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar e prazer. Sendo assim, o açúcar pode fazer parte de uma dieta saudável, contanto que ele não seja consumido em excesso — e isso, como você sabe, vale para todo tipo de alimento!
Com isso em mente, o pessoal da UNICA — União da Indústria de Cana-de-Açúcar — decidiu reunir cinco dos mais populares mitos relacionados com o açúcar e esclarecer as nossas dúvidas. Confira quais são eles a seguir:
No final da década de 90, diversas organizações — entre elas a OMS, o Instituto Americano de Medicina, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, e a Academia Americana de Nutrição e Dietética — concluíram que, isoladamente, o consumo de açúcar não pode ser apontado como causador de doenças crônicas como o diabetes e a obesidade. Os açúcares, na verdade, têm uma longa história de utilização segura na alimentação.
Estudos conduzidos pela Associação Americana de Diabetes apontaram que o aumento da glicemia provocado pelo consumo de açúcar é o mesmo decorrente da ingestão da mesma quantidade de calorias na forma de amido. Segundo a instituição, o diabetes é provocado por uma combinação de fatores genéticos e estilo de vida, e não pelo açúcar especificamente.
Sendo assim, os diabéticos podem consumir pequenas quantidades de açúcar desde que seja de forma controlada — dentro de uma dieta equilibrada e com o acompanhamento da medicação necessária.
Você já deve ter ouvido mil vezes que o consumo de doces pode facilitar o surgimento de cáries, não é mesmo? Entretanto, atualmente, com a adoção de práticas mais adequadas de higiene oral e com a adição de flúor em cremes dentais e na água, o risco de que as cáries apareçam diminuiu bastante.
Aliás, de acordo com levantamentos realizados pelo United States Institute of Medicine, considerando os diversos fatores que podem levar ao surgimento de cáries, não é possível estabelecer um nível de consumo de açúcar no qual o risco de esse problema aparecer se torna mais elevado.
Apesar de muita gente atribuir o aumento de peso ao consumo exagerado de doces, a verdade é que o excesso de gordura corporal é resultado da ingestão de mais calorias do que as que são queimadas pelo nosso corpo, e não apenas de açúcares. As calorias extras podem vir de qualquer tipo de alimento — seja proteína, gordura, álcool ou carboidrato —, e a falta de atividade física é um dos principais fatores para o surgimento da obesidade.
Em 2003, a Academia Nacional de Ciências dos EUA realizou uma revisão de 279 referências científicas concluindo que não existem evidências suficientes para estabelecer um limite máximo para o consumo diário de açúcares, totais ou adicionados. Além disso, o relatório ainda apontou que não há uma associação clara e consistente entre o índice de massa corporal e a ingestão de açúcar.
Reforçando o que explicamos no item anterior, um estudo realizado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford, nos EUA, apontou que o aumento da obesidade na população é resultado da falta de atividades físicas, e não de uma maior ingestão de calorias.
Durante o estudo, os pesquisadores detectaram um aumento significativo da obesidade em mulheres (de 25 a 35%) e homens (20 a 35%) em um período no qual a prática de atividades físicas diminuiu drasticamente — de 19 para 52% entre elas, e de 11 para 43% entre eles. Contudo, o número de calorias consumidas por dia pelos participantes do estudo não sofreu alterações relevantes.
Além disso, curiosamente, dados divulgados pela World Sugar Research Organisation apontaram que, embora o consumo per capita de açúcar, sal, gordura e calorias vem caindo no Reino Unido nas últimas décadas, desde 2002, o peso médio da população adulta aumentou dois quilos.
* Via assessoria de imprensa.